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Substituição do farelo de soja por uréia ou amiréia em dietas para vacas leiteiras em final de lactação.

Texto completo
Autor(es):
Carolina de Almeida Carmo
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Piracicaba.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALA/BC)
Data de defesa:
Membros da banca:
Flavio Augusto Portela Santos; Telma Teresinha Berchielli Moreno; Alexandre Vaz Pires
Orientador: Flavio Augusto Portela Santos
Resumo

Dois experimentos foram conduzidos com o objetivo de estudar a inclusão de uréia em nível elevado na dieta (2% da MS), na forma tradicional ou extrusada com milho (Amiréia 150S), em substituição parcial ao farelo de soja em dietas para vacas leiteiras. No experimento 1 foram utilizadas 38 vacas Holandesas em final da lactação, com produção média de 20 kg de leite/d, em um delineamento em blocos ao acaso. O período experimental teve a duração de 60 dias. As dietas eram compostas por silagem de capim elefante aditivada com polpa cítrica peletizada, raspa de mandioca, polpa cítrica peletizada, suplemento mineral e vitamínico e os respectivos suplementos protéicos: a) farelo de soja; b) farelo de soja + amiréia; c) farelo de soja + uréia. Os parâmetros avaliados foram consumo de matéria seca, produção e composição do leite, extração de aminoácidos pela glândula mamária e concentração de glicose e nitrogênio uréico no plasma sangüíneo. No experimento 2 foram utilizadas 5 vacas Holandesas canuladas no rúmen e duodeno, no período seco. Os tratamentos foram os mesmos utilizados no experimento 1. Os parâmetros avaliados foram consumo de matéria seca e nutrientes, digestibilidade de nutrientes no trato digestivo total, produção de ácidos graxos voláteis, pH e concentração de nitrogênio amoniacal no rúmen e parâmetros sangüíneos (glicose e nitrogênio uréico no plasma). No experimento 1, a substituição parcial do farelo de soja por fontes de nitrogênio não protéico, assim como o processamento da uréia na forma extrusada, não afetaram a produção de leite, leite corrigido para gordura, teor e produção de proteína e lactose do leite, produção de sólidos totais, concentração de nitrogênio ureico e glicose no plasma (P>0,05). O teor e produção de gordura, teor de sólidos totais e eficiência de extração de aminoácidos pela glândula mamária foram maiores para o tratamento com uréia na forma tradicional (P<0,05). No experimento 2 não foram observadas diferenças para consumo e digestibilidade aparente no trato total da matéria seca e nutrientes, concentração total de ácidos graxos voláteis no fluido ruminal, porcentagem molar dos ácidos acético, propiônico e butírico em relação ao total de ácidos graxos voláteis, relação acético:propiônico, concentração e nitrogênio ureico e glicose no plasma, (P>0,05). O pH do fluido ruminal se manteve mais elevado nas primeiras horas após a alimentação no tratamento uréia em relação aos demais (P<0,05). Ambas as fontes de NNP, apresentaram valores mais elevados de nitrogênio amoniacal no fluido ruminal (P<0,05). A substituição parcial do farelo de soja por uréia no teor de 2% da matéria seca da dieta é uma alternativa viável em dietas para vacas leiteiras em final de lactação e no período seco. O processamento da uréia na tentativa de reduzir a velocidade de liberação de amônia no rúmen, não apresentou vantagens em relação à uréia na forma convencional. (AU)

Processo FAPESP: 00/05802-8 - Substituição do farelo de soja por ureia ou amireia em dietas para vacas leiteiras em final de lactação
Beneficiário:Carolina de Almeida Carmo
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado