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Intensidade de pastejo como condicionante da estrutura do dossel e da assimilação de carbono de pastos de capim Xaraés [Brachiaria brizantha (A. Rich) Stapf. cv. Xaraés] sob lotação contínua

Texto completo
Autor(es):
Diego Noleto Luz Pequeno
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Piracicaba.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALA/BC)
Data de defesa:
Membros da banca:
Carlos Guilherme Silveira Pedreira; Gustavo José Braga; Alexandre Carneiro Leão de Mello
Orientador: Carlos Guilherme Silveira Pedreira
Resumo

A produção de forragem em pastagens é resultado de um processo complexo e dinâmico onde características estruturais como o arranjo e a distribuição de partes da planta e o padrão de distribuição de luz condicionam respostas fisiológicas e produtivas. A altura de dossel mantida constante pode ser relacionada com respostas produtivas, estruturais e fisiológicas do dossel, possibilitando recomendações de manejo do pastejo. O objetivo do trabalho foi quantificar o efeito da altura de dossel mantida constante em 15, 30 e 45 cm sobre características produtivas e morfo-fisiológicas do capim Xaraés [Brachiaria brizantha (A. Rich) Stapf. cv. Xaraés] submetido à lotação contínua. O estudo foi realizado na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, campus da USP, localizado em Piracicaba SP. Foram avaliados a produção e taxas de acúmulo de forragem, proporção de folhas, colmos e material morto, índice de área foliar (IAF), interceptação luminosa (IL), ângulo foliar e taxas de fotossíntese foliar e de dossel. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado com três tratamentos e três repetições. As unidades experimentais (piquetes) tiveram 120 m2 cada e as alturas de dossel foram mantidas constante utilizando a técnica de mob grazing. O total de forragem produzida e a taxa de acúmulo não variaram com as alturas de dossel estudadas. A massa de forragem total mantida nos pastos esteve diretamente relacionada com a altura de dossel. A maior proporção de folhas nos dosséis mantidos a 15 cm foi acompanhada de menor proporção de colmos, com exceção do final da primavera, em relação àqueles mantidos a 45 cm. No final da primavera maiores proporções de material morto foram encontradas nos dosséis mantidos a 45 cm, não variando com as alturas de dossel do verão ao início do outono. O IAF esteve diretamente relacionado com a altura de dossel apresentando valores médios variando de 1,6 a 3,4 para os dosséis mantidos a 15 e 45 cm, respectivamente. O IAF dos dosséis com valores de 2,5 já apresentavam máximos valores de IL (99%), condição encontrada nos pastos mantidos a 30 cm. O ângulo foliar não sofreu efeito de altura de dossel, com média de 39º em relação à horizontal. A taxa fotossintética média da folha mais jovem completamente expandida foi diminuída 17% quando a altura média de dossel foi aumentada de 15 para 45 cm. As taxas de fotossíntese de dossel simuladas pelo modelo foram aumentadas com incrementos na altura de dossel, alcançando valores máximos nos dosséis mantidos a 30 e 45 cm. O aumento nas taxas fotossintéticas de dossel seguiu o mesmo padrão de resposta do IAF e da IL. A altura de dossel em pastos de capim Xaraés pode ser mantida entre 15 e 45 cm, porém perdas significativas podem ocorrer na assimilação de carbono quando os dosséis são mantidos a 15 cm. (AU)

Processo FAPESP: 07/57851-1 - Intensidade de pastejo como condicionante da estrutura do dossel e do potencial fotossintetico em pastos de campim xaraes ([bachiaria brizantha (a. rich.) stapf. cv. xaraes] sob lotacao continua.
Beneficiário:Diego Noleto Luz Pequeno
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado