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Exigências em proteína e energia e avaliação de fontes proteicas alternativas na alimentação do cachara Pseudoplatystoma fasciatum

Texto completo
Autor(es):
Tarcila Souza de Castro Silva
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Piracicaba.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALA/BC)
Data de defesa:
Membros da banca:
Jose Eurico Possebon Cyrino; Adibe Luiz Abdalla; Wilson Massamitu Furuya; Gerson Barreto Mourão; Elisabete Maria Macedo Viegas
Orientador: Jose Eurico Possebon Cyrino
Resumo

O cachara, Pseudoplatystoma fasciatum, é um siluriforme carnívoro da América do Sul. Apesar da importância da espécie para pesca e piscicultura, não há uma dieta específica e nem as exigências nutricionais determinadas. O objetivo deste projeto foi determinar a digestibilidade aparente da energia e proteína de diferentes alimentos de origem animal e vegetal e, com os valores da digestibilidade dos ingredientes, elaborar rações para determinar as exigências em proteína, energia e relação energia:proteína para o cachara. Para o ensaio de digestibilidade, 105 juvenis de cachara (82,35 ± 17,7 g; 23,04 ± 1,6 cm) foram distribuídos em 21 gaiolas cilíndricas plásticas de 80 L e alimentados até a saciedade aparente em duas refeições diárias (20h00min e 22h00min) com dietas teste obtidas a partir da adição de 0,1% de óxido crômico III e substituição de 30% de uma ração referência (RR; 46% proteína bruta; 4600 kcal energia bruta) pelos seguintes ingredientes: farinha de peixe, farinha de carne e ossos, farinha de vísceras, farinha de penas, farinha de sangue, farelo de soja, farelo de trigo, milho moído e glutenose de milho. Após a última refeição, os peixes eram transferidos para os aquários cônicos (200 L) acoplados a recipientes refrigerados para a coleta de fezes por sedimentação. Os melhores coeficientes de digestibilidade aparente da proteína (99,36%) e energia (86,25%) foram registrados para a farinha de vísceras de aves e farinha de carne e ossos, respectivamente, consideradas fontes alternativas adequadas para substituir com eficiência a farinha de peixe, ingrediente padrão para formulação de rações para o cachara. Em um segundo experimento foram determinados os melhores níveis de energia e proteína nas dietas para juvenis de cachara (53,6 ± 1,30 g e 20,1 ± 1,06 cm), distribuídos aleatoriamente em 75 gaiolas (210 L) alojadas em tanques de alvenaria (12 m3) com constante renovação de água e aeração e alimentados duas vezes ao dia (06h30m e 18h30m) por 60 dias com 25 dietas formuladas para conter cinco níveis de proteína digestível (32, 36, 40, 44 e 48%) e cinco níveis de energia digestível (3600, 3725, 3850, 3975 e 4100 kcal kg-1), em um delineamento inteiramente casualizado com um esquema fatorial 5 x 5 (n = 3). A energia e proteína dietética afetaram o ganho de peso, taxa de crescimento específico, consumo de ração, conversão alimentar, taxa de eficiência proteica, retenção de proteína, índice hepatossomático, índice lipossomático, índice viscerossomático, proteínas totais séricas e triglicerídeos no soro. A energia dietética afetou a retenção de energia pelo cachara, mas a retenção de fósforo e a composição do peixe inteiro não foram influenciadas pela dieta. Com os resultados é possível concluir que os níveis de 3600 kcal kg-1 de ED, 39% de PD e a relação ED:PD de 9,23 kcal g-1 garantem ótimo desempenho e retenção de nutrientes pelo cachara. (AU)

Processo FAPESP: 09/52584-0 - Determinacao das exigencias em proteina, energia e relacao energia: proteina para o cachara pseudoplatystoma reticulatum.
Beneficiário:Tarcila Souza de Castro Silva
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado