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Estrutura e diversidade genética de populações insulares e continentais de abelhas da Mata Atlântica

Texto completo
Autor(es):
Flavio de Oliveira Francisco
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Biociências (IBIOC/SB)
Data de defesa:
Membros da banca:
Maria Cristina Arias; Sueli Angelo Furlan; Cristina Yumi Miyaki; Isabel Alves dos Santos
Orientador: Maria Cristina Arias
Resumo

Durante muito tempo as ilhas vêm sendo fundamentais para pesquisa em ecologia e biologia evolutiva. Esses estudos tornaram possível a elaboração de importantes teorias nesses campos e que puderam ser extrapoladas para diversos outros ambientes. O aumento dos desmatamentos e da fragmentação de habitats tem levado ao isolamento dos organismos em \"ilhas\" dentro do continente. A perda de diversidade em fragmentos é uma situação preocupante. Populações restritas a ilhas ou fragmentos possuem maior probabilidade de extinção. As abelhas possuem um papel fundamental nos ecossistemas e por isso a extinção de uma população terá impacto nos outros níveis tróficos. Em virtude disso, o objetivo desse trabalho foi testar a hipótese de que populações das abelhas Tetragonisca angustula e Bombus morio de ilhas com mais de 100 ha localizados nos estados de Santa Catarina (SC), Paraná (PR), São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ), e populações continentais em áreas próximas a remanescentes de Mata Atlântica nos estados de Minas Gerais (MG), PR, RJ, SC e SP possuem baixa diversidade genética e, por isso, estariam mais propensas à extinção. Nossos resultados mostraram que a espécie T. angustula apresenta alta filopatria de rainhas e baixa diversidade genética mitocondrial. Por outro lado, os microssatélites mostraram menor estruturação e alta/moderada diversidade genética, indicando que os machos são o sexo dispersor. Para a espécie B. morio, a diversidade genética observada para ambos os marcadores foi alta, com exceção de duas populações. As fêmeas também apresentaram maior estruturação populacional, enquanto que para os machos essa estruturação praticamente não existiu. Portanto, as populações das espécies T. angustula e B. morio não apresentam inclinação à extinção. A sobrevivência em ambientes urbanos e a grande capacidade de migração dos machos parecem ser fatores fundamentais para isso. Além disso, essas características parecem ser as responsáveis pelo não isolamento genético entre muitas das populações geograficamente isoladas (AU)

Processo FAPESP: 08/08546-4 - Estrutura genética de populações insulares e continentais de abelhas da Mata Atlântica
Beneficiário:Flávio de Oliveira Francisco
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado