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Pequenos mamíferos não-voadores do Planalto Atlântico de São Paulo: identificação, história natural e ameaças

Texto completo
Autor(es):
Natália Fernandes Rossi
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Biociências (IBIOC/SB)
Data de defesa:
Membros da banca:
Renata Pardini; Ana Paula Carmignotto; João Alves de Oliveira
Orientador: Renata Pardini
Resumo

Roedores Cricetidae e Echimyidae e marsupiais Didelphidae formam o grupo dos pequenos mamíferos não-voadores das florestas neotropicais, o qual engloba boa parte da diversidade de mamíferos do Brasil, exerce papel ecológico importante na regeneração e dinâmica das florestas, e funciona como indicador de alterações da paisagem e da estrutura local dos habitats. No entanto, a identificação das espécies do grupo é difícil já que a taxonomia é baseada principalmente em caracteres cranianos e cromossômicos, muitas espécies ainda vêm sendo descritas, e faltam listas recentes para muitos biomas e regiões brasileiras. Além disso, apesar de sua importância numérica e ecológica, existe uma carência de informações, e de sínteses e compilações, sobre a diagnose, história natural, distribuição geográfica e ameaças para as espécies deste grupo. Esta dissertação apresenta uma compilação do conhecimento atualmente existente sobre os caracteres diagnósticos, distribuição, uso de habitats e respostas às alterações humanas, dieta, uso do espaço, reprodução e ameaças das espécies de pequenos mamíferos não-voadores de uma das regiões mais ricas da Mata Atlântica, o Planalto Atlântico de São Paulo, encontro entre duas áreas de endemismo adjacentes, que abriga respectivamente cerca de 22 e 32% das espécies de roedores Cricetidae e marsupiais Didelphidae com ocorrência no Brasil. A diagnose das espécie foi baseada na comparação e descrição das mesmas características para todas as espécies, focando principalmente em caracteres externos, passíveis de serem analisadas nos animais vivos e algumas características cranianas e dentárias mais relevantes para os grupos analisados. Já a descrição de características ecológicas foi baseada em extenso banco de dados coletados em 155 sítios com 118.322 armadilhas-noite de esforço no Planalto pelos projetos do Laboratório de Diversidade e Conservação de Mamíferos do Departamento de Zoologia do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, e revisão padronizada da literatura. Para cada uma das 53 espécies, são apresentadas informações sobre: 1- \"Identificação\" que inclui medidas corporais externas (mínimo, máximo e média), um texto de diagnose que descreve características morfológicas externas e cranianas ilustradas em figuras e pranchas, e cariótipo; 2- \"Distribuição\" onde é descrita a distribuição geográfica seguida por informações sobre a ocorrência em biomas e estados brasileiros, e a distribuição e abundância nas matas do Planalto Atlântico de São Paulo; 3- \"História Natural\" onde são descritas a preferência por florestas ou áreas abertas de agricultura, a resposta à fragmentação florestal e regeneração da floresta, a capacidade de ocupar diferentes tipos de ambientes alterados, dieta, hábito, reprodução, uso do espaço e outras informações importantes; e 4- \"Ameaças\" onde se ressalta a presença em listas de espécies ameaçadas estaduais, nacional e internacional e se apresenta uma consideração sobre as ameaçadas sofridas, com base nas informações detalhadas obtidas no Planalto Atlântico de São Paulo. (AU)

Processo FAPESP: 08/56069-0 - Guia de identificacao para pequenos mamiferos nao voadores do planalto atlantico de sao paulo
Beneficiário:Natália Fernandes Rossi
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado