Busca avançada
Ano de início
Entree


A Arte como intermediador terapêutico para o desenvolvimento humano

Texto completo
Autor(es):
Sheila De Marchi
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Psicologia (IP/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Andrés Eduardo Aguirre Antúnez; Cristiano Roque Antunes Barreira; José Atilio Bombana
Orientador: Andrés Eduardo Aguirre Antúnez
Resumo

Este estudo trata do uso da arte como procedimento intermediário para o acompanhamento terapêutico de pacientes que frequentam um Centro de Atenção Psicossocial-. Para esta investigação focalizamos a experiência vivenciada com pacientes psiquiátricos em um curso intitulado Foto e Imagem, ministrado pelo Museu de Arte Moderna de São Paulo MAM , durante um ano e nove meses. Utilizamos como método de compreensão dos resultados clínicos observados através de análise fenomenológica a articulação com conceitos clínicos de Donald Winnicott e hermenêuticos de Gilberto Safra. Observaram-se mudanças comportamentais e psíquicas nos pacientes, tais como maior interação interpessoal naqueles distantes dos outros e com certa apatia; maior expressão verbal; retorno aos estudos e trabalho após anos de afastamento; melhora no relacionamento familiar, segundo os pais; aumento do interesse por atividades sociais. A aproximação das potencialidades de cada um dos participantes do curso foi possível a partir do reconhecimento de seu idioma pessoal e do sentido de sua existência a partir das produções fotográficas e artísticas realizadas. Esta perspectiva de trabalho terapêutico trata de um reposicionamento da clínica psicológica como elemento ético-ontológico, que possibilita à dupla profissional-paciente se sentirem enraizados na experiência humana. A arte permite ao indivíduo expressar-se, sem haver cobranças e expectativas; é vista como um meio de comunicação entre os indivíduos e para si mesmo. Através da arte pode-se auxiliar o indivíduo a lidar com a tensão ao relacionar a realidade interna à externa. O contato com a arte foi compreendida como uma experiência que pode ajudar o indivíduo a resgatar recursos adormecidos em seu Self, através do acompanhamento cuidadoso e atento de psicólogas, com a inclusão da família, no tratamento interdisciplinar em saúde mental (AU)

Processo FAPESP: 09/07003-0 - A Arte como intermediador terapêutico
Beneficiário:Sheila de Marchi
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado