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Percepção de jovens aprendizes e estagiários sobre condições de trabalho, escola e saúde após o ingresso no trabalho

Texto completo
Autor(es):
Andréa Aparecida da Luz
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Saúde Pública (FSP/CIR)
Data de defesa:
Membros da banca:
Frida Marina Fischer; Leny Sato; Rodolfo Andrade de Gouveia Vilela
Orientador: Frida Marina Fischer
Resumo

O presente estudo teve como objetivo descrever e analisar relatos de jovens aprendizes e estagiários sobre condições de trabalho, escola e saúde após ingresso no primeiro emprego. Foram utilizados diferentes instrumentos para a coleta de dados. Os dados qualitativos foram obtidos por meio de entrevistas individuais e coletivas com roteiro semi-estruturado. As análises desses dados foram realizadas a partir da metodologia de análise de conteúdo. Foi aplicado um questionário para a obtenção dos dados sócio-demográficos, condições de saúde, sono, hábitos e estilos de vida. Esses dados foram tabulados em planilhas ExcelTM. Participaram deste estudo quarenta jovens, aprendizes e estagiários, entre 14 e 20 anos, que trabalhavam há pelo menos seis meses, em diferentes setores e ramos de empresas, com jornada entre seis e oito horas diárias de trabalho. Todos os participantes estudavam no período noturno, curso técnico, ensino médio, ou faculdade e que, concomitantemente ao estudo e trabalho, frequentavam os programas de aprendizagem e estágio em uma Organização Não Governamental situada na zona Sul de São Paulo, capital. Os resultados desse estudo apontam o ingresso de adolescentes no trabalho cada vez mais cedo em busca de melhores condições financeiras para si e para família. Os jovens relataram passar por muitos desafios para conciliar as atividades pessoais, profissionais e acadêmicas. A extensa jornada diária de trabalho somada ao período de estudo noturno comprometeu, na maioria dos casos, o desempenho acadêmico e a saúde dos participantes. Os principais fatores prejudiciais à saúde relatados pelos jovens foram: falta de tempo para dormir, para se alimentar adequadamente, para praticar atividade física e a redução do tempo de lazer e convívio social com amigos e família. Os aprendizes e estagiários também mencionaram a falta de treinamento e o desconhecimento da legislação pertinente ao seu trabalho como fatores que contribuíram para as dificuldades apresentadas nos relatos sobre a realização de suas atividades laborais, na identificação de acidentes e doenças relacionadas com o trabalho (AU)

Processo FAPESP: 08/51661-9 - Percepção dos conhecimentos e práticas sobre saúde e acidentes de trabalho entre estagiários e aprendizes de uma organização não governamental
Beneficiário:Andréa Aparecida da Luz
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado