O perpectivismo e o projeto leibniziano de conciliacao das filosofias.
Universalismo e perspectivismo no pensamento selvagem: distancias e aproximacoes.
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Autor(es): |
Celi Hirata
Número total de Autores: 1
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Tipo de documento: | Dissertação de Mestrado |
Imprenta: | São Paulo. |
Instituição: | Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/SBD) |
Data de defesa: | 2008-06-30 |
Membros da banca: |
Luís César Guimarães Oliva;
José Eduardo Marques Baioni;
Franklin Leopoldo e Silva
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Orientador: | Luís César Guimarães Oliva |
Resumo | |
Com o intento de fundar a metafísica rumo ao conhecimento certo, Descartes rejeita a história precedente da filosofia. Com efeito, esta carrega consigo uma pluralidade de opiniões e disputas, o que é inaceitável face à unidade da verdade e da razão. Por isso, o progresso da filosofia em direção ao futuro só pode se dar mediante uma ruptura com o passado, ruptura que se opera por meio da dúvida metódica. Leibniz, ao contrário, defende que o avanço do conhecimento rumo à descoberta de novas verdades pode e deve retomar o que já foi anteriormente estabelecido. Isto porque, à diferença de Descartes, o autor da Monadologia possui uma outra concepção da relação entre pluralidade e unidade, o que se pode constatar de maneira privilegiada na sua tese de que cada mônada ou ser criado representa o universo inteiro de uma determinada perspectiva. Ora, como todas as representações possuem o mesmo referente o mundo , todas são verdadeiras e harmônicas entre si, de modo que o que varia é a maneira como o mundo é representado, isto é, os graus de distinção presentes na representação. Deste modo, a pluralidade dos sistemas filosóficos redunda em diferenças (de modo que uns são mais perfeitos do que outros e que haja determinadas partes mais relevantes do que outras dentro de um mesmo sistema), mas não em uma heterogeneidade radical. Ora, justamente sem a consideração de que há alguma conveniência subjacente na diversidade das filosofias, não é possível a tentativa de conciliação do que haveria de melhor entre elas, isto é, se há uma heterogeneidade irredutível, como Descartes considera, não há qualquer ponto de transigência. Assim, a fim de dar conta de como este projeto de conciliação das filosofias é possível, examinar-se-á nesta dissertação a tese de que cada mônada representa o universo inteiro de uma determinada perspectiva, exame no qual se enfatizará as noções leibnizianas de espírito, de conhecimento e de sistema (AU) | |
Processo FAPESP: | 04/11422-4 - O perpectivismo e o projeto leibniziano de conciliacao das filosofias. |
Beneficiário: | Celi Hirata |
Modalidade de apoio: | Bolsas no Brasil - Mestrado |