A liberdade pratica na critica da razao pura de Kant: O problema da compatibilidad...
Liberdade pratica e teorica em kant e a deducao transcendental do principio suprem...
Kant: do conceito cosmologico de liberdade ao conceito de liberdade moral.
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Autor(es): |
Monique Hulshof
Número total de Autores: 1
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Tipo de documento: | Tese de Doutorado |
Imprenta: | São Paulo. |
Instituição: | Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/SBD) |
Data de defesa: | 2011-02-18 |
Membros da banca: |
Maria Lucia Mello de Oliveira Cacciola;
Vinicius Berlendis de Figueiredo;
Gerson Luiz Louzado;
Pedro Paulo Garrido Pimenta;
Ricardo Ribeiro Terra
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Orientador: | Maria Lucia Mello de Oliveira Cacciola |
Resumo | |
A presente tese tem como intuito inicial investigar as asserções aparentemente conflituosas que Kant faz sobre as coisas em si mesmas, ora em sentido estritamente negativo, como a representação problemática de algo completamente indeterminado, ora em sentido positivo como fundamento ou causa dos fenômenos. Partindo de interpretações que compreendem esse conflito entre asserções sobre as coisas em si mesmas como tendo sua origem nos dois problemas que a filosofia crítica procura solucionar a possibilidade do conhecimento especulativo e a fundamentação da moral , procura-se reconstruir, num primeiro momento, o vínculo entre a crítica da razão e os diferentes modos de representação das coisas em si mesmas. Argumentamos que a diferenciação da faculdade racional em duas atividades ou espontaneidades, entendimento e razão, que são expostas pela crítica como produtoras de conceitos e legislações distintas, exige duas maneiras de formular, criticamente, o conceito de númeno. A primeira formulação é feita pelo entendimento mediante a abstração das condições sensíveis de aplicação das categorias, dada sua originariedade em relação à sensibilidade. Este conceito tem de permanecer, contudo, em um sentido estritamente negativo e problemático, visto as categorias consistirem apenas em funções de síntese de representações sensíveis e estarem limitadas, por isso, a um uso empírico. A segunda formulação é feita, em contrapartida, pelas idéias da razão, que pressupõem um prolongamento da síntese pensada nas categorias até o incondicionado. Ainda que envolva uma aparência transcendental essas idéias se fazem necessárias, principalmente, em vista do uso prático da razão. Num segundo momento, porém, voltando nossa atenção ao esforço de Kant em articular sistematicamente esses diferentes modos de representação das coisas em si mesmas no interior da filosofia crítica, procuramos mostrar como a elaboração do conceito de autonomia na passagem para o uso prático, possibilita uma maneira de operar com a aparência transcendental presente nas ideias, sem violar a limitação das categorias ao uso empírico. Nesse sentido, explicitamos como a crítica da razão em seu uso prático desvela um novo caminho para a faculdade de julgar, em que lhe é permitido aplicar legitimamente a categoria de causalidade com referência aos númenos. (AU) | |
Processo FAPESP: | 07/59421-4 - O problema da coisa em si entre teoria e prática: uma exigência crítica |
Beneficiário: | Monique Hulshof |
Modalidade de apoio: | Bolsas no Brasil - Doutorado Direto |