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O estandarte silencioso: a United States Information Agency na mídia impressa do Brasil - Correio da Manhã e Tribuna da Imprensa, 1953-1964

Texto completo
Autor(es):
Júlio Barnez Pignata Cattai
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Elizabeth Cancelli; Maria Ligia Coelho Prado; Francisco Carlos Teixeira da Silva
Orientador: Elizabeth Cancelli
Resumo

Em 1.º de junho de 1953, a administração do presidente norte-americano Dwight D. Eisenhower fundou a United States Information Agency (USIA), reunindo sob a coordenação da nova agência os programas de informação dos Estados Unidos da América (EUA) no exterior. O intuito era o de aproximar as audiências internacionais dos valores do sistema democrático e de livre empresa encenado pelo país, granjeando governos às posições norte-americanas na Guerra Fria. A atuação da agência se deu no âmbito das disputas entre os governos dos Estados Unidos e da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) em programas de propaganda cultural naquilo que a historiografia tem chamado de Guerra Fria Cultural (Cultural Cold War). Esta pesquisa teve por objetivo investigar a atuação da USIA no Brasil, entre os anos de 1953, data de fundação da agência, e 1964, quando as questões de que se ocupava foram reorientadas em função, no plano internacional, da Guerra no Vietnam e, no Brasil, do golpe civil-militar. Para tanto, analisamos o material da agência matérias, artigos, notícias, notas e fotografias veiculado nos jornais cariocas Correio da Manhã e Tribuna da Imprensa, duas das mais importantes publicações da mídia impressa brasileira do período. Verificamos que a agência passou, paulatinamente, a empregar atividades secretas, além das atividades não secretas, driblando as resistências que a opinião pública brasileira mostrava à presença oficial norte-americana no debate de questões políticas nacionais. Embora as estratégias utilizadas pela USIA fossem realizadas em nome das liberdades democráticas, a agência não vacilou em lançar mão de operações secretas para a consecução de seus objetivos políticos na Guerra Fria. (AU)

Processo FAPESP: 08/51614-0 - Tio Sam abraça Jeca Tatu: a Guerra Fria cultural norte-americana e a propaganda de atividades artísticas e intelectuais no Brasil (1953-1964)
Beneficiário:Júlio Barnez Pignata Cattai
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado