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A presença da filosofia platônica na pedagogia do estado novo

Texto completo
Autor(es):
Tatiane da Silva
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Ribeirão Preto.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (PCARP/BC)
Data de defesa:
Membros da banca:
Marcus Vinicius da Cunha; Renato José de Oliveira; Vera Teresa Valdemarin
Orientador: Marcus Vinicius da Cunha
Resumo

O pensamento ocidental foi inaugurado por Platão, que deu início a certas formas peculiares de elaborar e solucionar problemas filosóficos, constituindo marcos discursivos que se encontram em pensadores de diversas áreas de conhecimento, tanto no campo político e social quanto educacional. Em pesquisas anteriores foram analisados os livros O estado autoritário e a realidade nacional de Azevedo Amaral (1938), O Estado Nacional de Francisco Campos (1941) e Tendências da educação brasileira de Lourenço Filho (1940), considerados responsáveis pela elaboração e difusão das bases teóricas da pedagogia que predominou durante o Estado Novo (1937-1945), constatando-se que esses autores buscavam apoio argumentativo em Platão. O objetivo deste trabalho é apresentar um reexame desses livros por meio da análise retórica fundamentada em Chaïm Perelman, visando investigar a presença de marcos discursivos platônicos em seus argumentos. O primeiro capítulo discorre sobre o uso da metáfora como técnica argumentativa, evidenciando que os autores estabelecem diretrizes previamente determinadas na definição das iniciativas políticas e educacionais do Estado Novo. O segundo capítulo focaliza a dissociação de noções, técnica utilizada pelos autores para argumentarem sobre a o predomínio do coletivo sobre o individual no regime estadonovista. O terceiro capítulo examina a técnica que vincula ato e pessoa, com a qual os autores conferem características pessoais excepcionais ao governante, justificando assim as suas ações no comando da Nação. O quarto capítulo analisa a técnica da definição, utilizada pelos autores para desqualificar o regime democrático e enaltecer as qualidades do Estado Novo. A conclusão defende que a semelhança entre os discursos dos autores pode ser atribuída à presença de marcos discursivos platônicos nos argumentos que apresentam acerca das problemáticas políticas e educacionais, do que decorre seu alinhamento a uma concepção monista de Estado. (AU)

Processo FAPESP: 11/01058-7 - A presença da filosofia platônica na pedagogia do Estado Novo
Beneficiário:Tatiane da Silva
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado