CV Lattes
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Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) (Instituição Sede da última proposta de pesquisa) País de origem: Brasil
Doutora em Teoria e História Literária pela Unicamp. Sua tese mostra como a Revolução Haitiana (1791) impactou na construção de uma imagem, ao mesmo tempo audaciosa e perigosa, dos negros em representações políticas, jornalísticas e literárias. Por mais de meio século após a revolução, a representação dos negros seria marcada por atitudes revolucionárias até que se convertesse, após a publicação do romance norte-americano, A Cabana do Pai Tomás, na representação idealizada do negro escravizado resignado ao cristianismo e a espera de justiça divina. O trabalho traça o caminho percorrido para essa mudança de percepção e seus impactos para a identidade negra. Possui graduação em História (IFCH - Unicamp), em Estudos Literários (IEL - UNICAMP) e mestrado pelo mesmo instituto. No mestrado estudou a escritora Julia Lopes de Almeida e sua produção da última década do século XIX, particularmente seu primeiro romance, A família Medeiros. Analisou a interação entre o romance e o jornal, Gazeta de Notícias, onde a publicação saiu em folhetim, em 1891. A análise buscou relacionar a forma como o universo do trabalho livre aparecia no jornal e no romance ainda em relação ao trabalho escravo que havia sido proibido três anos antes. Ao lado disso, estudou também a representação de mulheres como escritoras na imprensa e a forma como Júlia Lopes de Almeida escolheu lidar com uma imagem do papel da mulher como mãe/esposa e paralelamente como escritora. Atualmente, estuda a representação de afrodescendentes no cenário transatlântico analisando obras norte-americanas, brasileiras e francesas entre 1789 e 1880, período em que as discussões internacionais sobre a escravidão e o lugar de pessoas negras no mundo ocidental cresceu enormemente por conta das discussões sobre a possibilidade da abolição geral que entrou para a pauta pública da Europa e das Américas após a Revolução do Haiti (1791 - 1804). Tem experiência em: relações étnico-raciais, gênero, trabalho, imprensa, literatura oitocentista, escravidão e abolição. (Fonte: Currículo Lattes)
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Esta pesquisa analisará um conjunto de obras literárias escritas na França, nos Estados Unidos e no Brasil no contexto transatlântico de desenvolvimento das defesas abolicionistas durante o Oitocentos. No fim do século XVIII, a Revolução Francesa (1789) e a propagação dos ideais de liberdade e de igualdade acabaram fortalecendo princípios ideológicos que levaram à Revolução do Haiti (1791…
O francês B. L. Garnier foi um livreiro-editor de destaque no Rio de Janeiro do século XIX, sendo responsável, entre outras atividades, pela publicação da Revista Popular (1859-1862). Dentre várias obras, nacionais e estrangeiras divulgadas pelo periódico, foi publicada, em folhetins, a obra "A massambu" do brasileiro Duarte Paranhos Schutel. Tendo em vista que a revista circulou em um pe…
No fim do século XVIII, com a Revolução do Haiti, a discussão a respeito do espaço de negros e de afrodescendentes passou a ser considerável no meio literário. O medo de que uma revolução negra como aquela pudesse se repetir em outros estados escravagistas e o assombro diante de tal vitória fez proliferar os textos sobre a revolução nos mais diversos formatos: cartas, contos, romances, li…
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