Uso de retinoides para prevencao e tratamento de cancer de pele em tranplantados renais - avaliacao clinica, histologica e imuno-histoquimica.

Resumo

Os doentes transplantados renais no curso da imunossupressão exibem alto risco de câncer de pele como o carcinoma espinocelular, D. Bowen e queratoses actinicas. Observamos que pacientes transplantados renais apresentam depleção numérica de alguns subtipos linfocitários, CD4 e CD8, depleção de células de Langerhans e células que expressam receptor de interleucina 2 na pele (Ver Galvão, Sotto, Kihara et al., 1998 J Am Acad Dermatol 38: 38-44) mesmo antes de apresentar neoplasias cutâneas e que esta depleção se acentua com o tempo de imunossupressão. Os retinóides, por sua ação anti-carcinogênica tem sido utilizados no tratamento e prevenção de neoplasias. Pretendemos avaliar o efeito da terapêutica com retinóides de grupo de doentes transplantados renais que já exibem lesões cutâneas pré-neoplásicas e carcinomas sob o ponto de vista clínico e também avaliar a população dos elementos celulares participantes do sistema imune da pele sem a lesão neoplásica ou pré-neoplásica (protegida e exposta ao sol) antes, durante (aos 6 meses) e pós 12 meses de tratamento com acitretina. Os doentes serão selecionados entre aqueles seguidos no ambulatório da Unidade Transplante Renal HC-FMUSP, guardando-se os critérios de exclusão para terapêutica com derivados retinóides, assim como após informação e consentimento. O protocolo da pesquisa já foi encaminhado à avaliação da Comissão de Ética do Hospital das Clínicas FMUSP. (AU)