Controle motor em indivíduos neurologicamente normais e portadores da Síndrome de Down: o efeito do treinamento

Resumo

Iremos investigar o efeito do treinamento de movimentos de reversão, envolvendo as articulações do ombro e cotovelo realizados em três distâncias lineares diferentes (40, 60 e 80% do comprimento do antebraço) em indivíduos neurologicamente normais e portadores da Síndrome de Down. A tarefa induzirá o movimento de abdução na articulação do ombro e de extensão na articulação do cotovelo. Em estudo recente demonstramos que indivíduos portadores da Síndrome de Down realizaram movimentos complexos de reversão utilizando estratégias diferentes quando comparados com indivíduos neurologicamente normais. Com relação aos padrões eletromiográficos, esses indivíduos realizaram a tarefa gerando uma quantidade menor de atividade muscular e apresentaram uma dificuldade maior em modular a duração dessa atividade com o aumento da distância movida. Além disso, esses indivíduos realizaram a tarefa gerando uma quantidade menor de força e também apresentaram dificuldades em modular essas forças com o aumento da distância. O resultado dessas mudanças na modulação da atividade eletromiográfica e da força foi à geração de um movimento mais lento. Um dos objetivos principais desse estudo é verificar o efeito do treinamento de uma tarefa motora complexa em ambos os grupos e verificar se após o treinamento, indivíduos portadores da Síndrome de Down seriam capazes de melhorar o controle de seus movimentos. (AU)