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Mecanismo de interação de melitina com fosfolipídeos no contexto de microencapsulações em lipossomas ou interação melitina/lipídeos

Processo: 05/04514-2
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2006
Data de Término da vigência: 31 de maio de 2009
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Bioquímica - Química de Macromoléculas
Pesquisador responsável:Maria Helena Bueno da Costa
Beneficiário:Maria Helena Bueno da Costa
Instituição Sede: Instituto Butantan. Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Lipossomos  Mapeamento de interação de proteínas  Dessensibilização 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Dessensibilizacao | Interacoes Proteinas | Lipossomas | Lipídeos e proteínas

Resumo

As picadas de artrópodos são capazes de causar injúrias, levando às reações alérgicas e transmitindo doenças sistêmicas, dentre as quais, a mais grave é a anafilaxia. O tratamento conhecido como VIT (Venom immunotherapy) caracterizado por injeções regulares de veneno é a terapia preventiva para pessoas com alergias específicas. Entretanto a VIT pode frequentemente causar reações alérgicas colaterais sistêmicas, principalmente em pessoas com alergia ao veneno de abelha. Além disto, a VIT é um tratamento caro e de longa duração. Portanto, é de interesse geral que novas estratégias sejam produzidas para melhorar a segurança e a eficácia do tratamento. Apresentamos aqui, um projeto sistemático para se estudar os problemas básicos e/ou biotecnológicos relacionados ao desenvolvimento de uma formulação segura composta de veneno de abelha dentro de lipossomas para ser usada em VIT. Para isto, iniciaremos estudando as principais características relacionadas às interações de melitina (Mel) com lipídeos. Sabe-se que, a Mel é o peptídeo tóxico mais abundante no veneno da abelha européia (50 % do peso seco total), que é o peptídeo responsável pela dor no local da picada e que tem atividade hemolítica. O desafio nano ou microtecnológico aqui é o de se modificar quimicamente a molécula da Mel para permitir a sua microencapsulação em lipossomas, uma vez que a molécula nativa é conhecida por causar danos às membranas. Como conseqüência direta será possível, no futuro, que se desenhe uma formulação atóxica para ser usada na medicina preventiva (VIT) e/ou na curativa. A idéia é de se trabalhar com o veneno total, ou com os seus componentes principais, tais como a melitina e a fosfolipase. Aqui, neste primeiro projeto trabalharemos com a melitina. Através da análise de dados da literatura pudemos formular e fundamentar as nossas proposições que são: 1. modificar quimicamente a Mel para impedir ou minimizar a interação peptídeo/membrana. 2. encapsular as Mels derivatizadas em membranas ricas em colesterol. 3. Imunizar camundongos com a formulação de Mel lipossomal menos tóxica. Acreditamos, firmemente, que a molécula modificada não será tóxica e que a sua imunogenicidade será retida. A encapsulação da Mel modificada em lipossomas será uma formulação menos tóxica, pois evitará o contacto direto da Mel-mesmo modificada- com membranas biológicas. Além disto será uma formulação contendo adjuvantes e então se espera que sejam necessárias quantidades menores de antígeno para se obter os mesmos benefícios da imunoterapia de dessenssibilização (VIT). Acreditamos que estas afirmações devam ser detalhadas molecularmente para se desenhar uma formulação inteligente de Mel/lipossoma. Serão usados métodos físicos (DSC, SEM, freeze fracture), espectroscópicos (CD, UV diferencial, fluorescência, FTIR, SPR), químicos e imunológicos (ELISA, ToBI) para se caracterizar a Mel modificada, tendo-se como padrão a Mel nativa. A formulação mais estável de Mel/lipossomas será usada em VIT usando-se camundongos como modelo biológico experimental. (AU)

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
TRINDADE, REGINALDO A.; KIYOHARA, PEDRO K.; DE ARAUJO, PEDRO S.; BUENO DA COSTA, MARIA H.. PLGA microspheres containing bee venom proteins for preventive immunotherapy. International Journal of Pharmaceutics, v. 423, n. 1, p. 10-pg., . (05/04514-2, 02/07293-9, 00/10970-7)
TRINDADE, REGINALDO A.; KIYOHARA, PEDRO K.; DE ARAUJO, PEDRO S.; BUENO DA COSTA, MARIA H.. PLGA microspheres containing bee venom proteins for preventive immunotherapy. International Journal of Pharmaceutics, v. 423, n. 1, SI, p. 124-133, . (00/10970-7, 05/04514-2, 02/07293-9)
SILVA, TATIANA C.; MOURA, SERGIO DE PAULA; RAMOS, HENRIQUE R.; DE ARAUJO, PEDRO S.; BUENO DA COSTA, MARIA H.. Design of a Modern Liposome and Bee Venom Formulation for the Traditional VIT-Venom Immunotherapy. Journal of Liposome Research, v. 18, n. 4, p. 353-368, . (06/04088-6, 07/05466-7, 00/14228-3, 02/07293-9, 05/04514-2)