Mudancas tecnologicas e corporativas da medicina no brasil: o caso paulista nos anos 30.

Resumo

Este projeto traz como objetivo central, a compreensão da dimensão histórica da medicina entendida enquanto produção e aplicação de conhecimentos, formulada por um "campo profissional médico" e originando particularidades tecnológicas e simbólicas que constituem a prática. Nessa direção, os estudos médicos e historiográficos sobre a medicina, a saúde pública e discussões correlatas, contribuíram para desvendar a relação entre a São Paulo que assumia um papel dominante, na virada do século XIX para o XX, e como tal realidade permitia a construção de seus dispositivos médicos e sanitários. Contudo, ainda há questões de grande relevância e não estudadas, sobre a medicina e suas instituições paulistas nos anos que seguiram o período Vargas, cuja entrada na cena nacional estabeleceu novas bases políticas, visando desmontar o aparato político-sanitário paulista vigente e obter apoio técnico-científico, de parte da corporação que se alia ao poder vigente. Com isso, houve uma nova demanda aliada à reafirmação de determinadas concepções médica e de saúde paulistas. Esse novo modelo de gestão, especificamente no campo da medicina e da saúde, viabilizado a partir de 1934, teve repercussões identificadas, mas não exploradas quer nas resoluções das políticas implementadas, quer nas novas conformações que a própria profissão médica teria naquele momento. (AU)