Sementes e plântulas: etapas do ciclo de vida de plantas e sua relação com a regeneração de uma floresta pluvial atlântica ocupada por bambus

Resumo

Na floresta Ombrófila Densa, que inclui o Parque Estadual de Carlos Botelho, é possível observar bambus em uma elevada abundância, como resultado da abertura de clareiras naturais ou por ação antrópica. Quando estabelecidos, os bambus podem funcionar como barreiras à chegada de luz solar direta ao solo ou como barreiras à germinação de sementes. Em alguns casos, as barreiras à germinação das sementes ocorrem por causa da alelopatia, processo pelo qual produtos do metabolismo secundário de um determinado vegetal, no caso o bambu, são liberados, podendo afetar a germinação, o crescimento e a sobrevivência de plantas, e desta forma, restringir a regeneração florestal. Neste projeto serão estudados os mecanismos da chuva de sementes e do estabelecimento de plântulas em locais colonizados e em locais não colonizados por bambus, a fim de entender a regeneração de uma floresta. Para comparar a chuva de sementes entre ambientes, serão instalados 80 coletores sendo 40 em ambientes colonizados por bambus e 40 em ambientes não colonizados por bambus. Oitenta parcelas de avaliação serão instaladas nos dois ambientes (40 em cada ambiente) para avaliar o estabelecimento de plântulas. O monitoramento da chuva de sementes será mensal e o monitoramento das plântulas será bimestral. As sementes serão triadas e identificadas em laboratório, enquanto as plântulas serão marcadas e identificadas no local. (AU)