Nanoparticulas de aluminas e silica dopadas com luminoforos, funcionalizadas e biocompativeis com potencial aplicacao como marcadores luminescentes em biotecnologia.

Resumo

Associar a luminescência de íons Terras Raras com as propriedades físicos químicas de nanopartículas abre novos caminhos na obtenção de marcadores luminescentes para a identificação biomolecular. Uma vez que, as nanomartículas desempenham um excelente papel como matriz, isolando os íons terras raras de perturbações externas (diminuindo o processo de "quenching" de luminescência) e a modificação da sua superfície, via funcionalização, torna estes novos materiais biocompatíveis e favorece a miscibilidade destas em meio aquoso. Já os íons lantanídeos são interessantes para aplicações resolvidas no tempo, na prática luminóforos ideais (em immunoensáios) deveriam apresentar tempo de meia vida maior que 50ns, e isso não é tão comum. Já em complexos de európio e térbio, o tempo de vida da luminescência é da ordem de milissegundos, o que associado com a resolução temporal no tratamento do sinal leva a um aumento significativo na razão sinal/ruído. Neste trabalho será desenvolvido através da metodologia sol-gel e processamento de pirólise de aerossóis, a síntese de nanopartículas (AI2O3 e SiO2) luminescentes com interessante aplicação em immunoensáios. As partículas, com íons terras raras e seus complexos, terão sua luminescência estudada e a biocompatibilidade destes materiais será obtida pela funcionalização de sua superfície. Este projeto apresenta-se interdisciplinar, e para isso terá apoio de diferentes grupos de pesquisas, através de convênios do Laboratório de Materiais Fotônicos, com o Laboratório CNRS -CEMES (França), Faculdade de Medicina da UNESP (Botucatu-SP) e Departamento de Física da UFPe. (AU)