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Avaliação da exposição ocupacional a praguicidas organofosforados em estufas de flores

Processo: 08/09137-0
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de abril de 2009
Data de Término da vigência: 31 de março de 2011
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Farmácia - Análise Toxicológica
Pesquisador responsável:Mauricio Yonamine
Beneficiário:Mauricio Yonamine
Instituição Sede: Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Toxicologia ocupacional  Praguicidas  Agrotóxicos  Toxicidade  Compostos de fósforo  Estufas  Flores 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:estufas de flores | exposição ocupacional | Organofosforados | praguicidas | Toxicologia Ocupacional

Resumo

Os praguicidas compreendem uma ampla gama de substâncias químicas utilizadas para controlar desde a população de insetos até o aparecimento de doenças em plantas. No ambiente de trabalho, os indivíduos são expostos freqüentemente a diversos praguicidas ou misturas diferentes de praguicidas simultaneamente ou em série. A aplicação dos praguicidas, sem utilização de equipamentos proteção individual (EPI), pode causar envenenamento, além do desenvolvimento de várias doenças devido à exposição crônica. Estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que, anualmente, cerca de 1 milhão de pessoas são envenenadas involuntariamente e que 2 milhões de pessoas são hospitalizadas em decorrência da ingestão voluntária de praguicidas. As razões para as elevadas taxas da exposição aos praguicidas, principalmente em países em desenvolvimento, são muitas, incluindo a falta de um sistema de leis eficaz, poucas informações nos rótulos dos recipientes que contêm praguicidas, falta de orientação e insuficiente conhecimento dos fatores de risco, além dos custos elevados dos EPI' s. Adicionalmente, ocorre a utilização de quantidade maior de praguicidas mais tóxicos devido aos baixos preços destes compostos no varejo. Vários estudos avaliam a exposição ocupacional indoor aos praguicidas, e especificamente a exposição ocupacional em estufas. Em estufas, qualquer infestação é controlada usando produtos químicos que, devido ao enclausuramento e ajustes das condições do clima, podem prolongar e intensificar a exposição ocupacional - as condições climáticas são projetadas para otimizar o crescimento da planta, e não necessariamente para proteger a saúde do trabalhador. Alguns estudos sugerem que os trabalhadores de estufas de flores e plantas ornamentais estão expostos a níveis mais elevados de praguicidas durante o carregamento, mistura e aplicação dos praguicidas, bem como pelo contato contínuo com as flores e plantas ornamentais, quando comparados a outros trabalhadores que entram em contato com essa classe de compostos. De acordo com o ministério da agricultura, o cultivo de flores é uma atividade que emprega cerca de 125.000 trabalhadores no país. O mercado brasileiro das flores e de plantas ornamentais gera aproximadamente US$ 1 bilhão, e vem crescendo 20% ao ano. As exportações do setor acumularam US$17,3 milhões no primeiro semestre de 2007, segundo os dados da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (SECEX-MDIC). O crescimento apresentado foi de 5,4% em relação ao mesmo período de 2006. O Estado de São Paulo é o maior produtor de flores do Brasil, responsável por 60% da produção nacional. O cultivo de flores e de plantas ornamentais ocupa 4000 hectares, 56% da área cultivada nas estufas. A fim de atender a demanda crescente para grandes quantidades e produtos de elevada qualidade, o número de colheitas protegidas (estufas) tem aumentado 15% ao ano, nos últimos 5 anos. A despeito da importância econômica de tal atividade, não há orientações específicas para utilização de praguicidas em ambientes protegidos (estufas). Além disso, dados relativos às práticas de Segurança e Saúde do Trabalho (SST), relacionadas ao uso de praguicidas em estufas de flores, são muito escassos. Em função do quadro descrito acima, este projeto destina-se a avaliar as condições de trabalho, localizar possíveis fontes de exposição, e quantificar a potencial exposição aos organofosforados em estufas de flores nos pólos de produção do estado de São Paulo. Para tanto, planeja-se desenvolver e validar métodos analíticos para determinar praguicidas organofosforados presentes nesses ambientes e em amostras biológicas a fim de coletar dados importantes para se avaliar qualitativa e quantitativamente o grau de exposição de trabalhadores a esses agentes. (AU)

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
RIBEIRO, MARCELA G.; COLASSO, CAMILLA G.; MONTEIRO, PAULA P.; PEDREIRA FILHO, WALTER R.; YONAMINE, MAURICIO. Occupational safety and health practices among flower greenhouses workers from Alto Tiete region (Brazil). Science of The Total Environment, v. 416, p. 121-126, . (08/09137-0)