Produção e caracterização de membranas à base de quitosana e poliânions para liberação controlada de antiinflamatórios no tratamento de lesões de pele

Resumo

O corpo humano é recoberto por aproximadamente dois metros quadrados de pele, e lesões cutâneas, além de causarem danos físicos, mecânicos e térmicos, podem também afetar as funções fisiológicas de outros tecidos, gerando desordens fisiológicas. As membranas poliméricas desenvolvidas para o tratamento de lesões podem ser constituídas por vários tipos de polímeros, sendo a quitosana um dos mais estudados. Diversos polissacarídeos negativamente carregados, como alginato, xantana, pectina, goma guar e goma arábica, são capazes de formar complexos polieletrólitos (PEC) com a quitosana, podendo tal combinação contribuir para a melhoria das propriedades das membranas usada como curativos. Uma das técnicas de preparação de membranas contendo simultaneamente quitosana e poliânion fundamenta-se na obtenção de coacervados das matérias-primas. Neste contexto, o presente trabalho tem por objetivo o desenvolvimento de metodologia escalonável de preparação e a caracterização de membranas de quitosana e distintos poliânions, visando selecionar o complexo mais apropriado para uso como dispositivo de liberação controlada de antiinflamatórios incorporados por três diferentes metodologias. Os quatro fármacos selecionados para estudo são diclofenaco, cetoprofeno, piroxicam e indometacina. As membranas serão caracterizadas quanto à morfologia, à espessura, à capacidade máxima de absorção de diferentes soluções aquosas, à capacidade de drenagem de água, à perda de massa quando estocadas em diferentes soluções aquosas simulando fluidos corpóreos, à resistência mecânica, à eficiência de incorporação dos fármacos e ao perfil de sua liberação.