Treinamento físico, consumo de frutose e marcadores hepáticos da síndrome metabólica em modelo experimental

Resumo

A síndrome metabólica tornou-se grave problema médico-social tanto em países desenvolvidos quanto em desenvolvimento e o consumo excessivo de frutose na dieta parece ter papel importante nessa questão. Dessa forma, é de grande interesse o desenvolvimento de procedimentos mais efetivos para prevenção e tratamento desta doença. Um procedimento que merece investigação é o exercício físico. Uma vez que existem limitações nas pesquisas com seres humanos, torna-se necessário o emprego de modelos experimentais no estudo da doença. O presente estudo visa analisar os efeitos do treinamento físico sobre biomarcadores hepáticos da síndrome metabólica e capacidade aeróbia de ratos alimentados com dieta rica em frutose. Serão utilizados ratos da linhagem Wistar que a partir dos 120 dias de idade, serão separados em dois grupos, conforme a dieta: controle (dieta balanceada AIN-93) e frutose (dieta com 60% de frutose) e submetidos ao teste de lactato mínimo (LacMin), para a identificação da transição metabólica aeróbia/anaeróbia durante exercício de natação. Metade dos animais de cada grupo será treinada por protocolo de exercício ser estabelecido numa etapa inicial deste estudo dos 120 aos 180 dias e a outra metade, permanecerá sedentária. Ao final, serão analisados: capacidade aeróbia (LacMin após treinamento), tolerância à glicose (teste de tolerância oral à glicose); sensibilidade periférica à insulina (teste de tolerância à insulina); marcadores de esteatose hepática não alcoólica (concentrações séricas de alanina aminotransferase - ALT, aspartato amionotransferse - AST e fosfatase alcalina - ALK). Serão, ainda, determinados no fígado: concentrações de lipídios totais e de triglicerídios; taxa de lipogênse; biomarcadores do sistema de defesa antioxidante (atividade das enzimas calalase - CAT e superoxido dismutase - SOD) e de peroxidação lipídica (substâncias que reagem ao ácido tiobarbitúrico - TBARs).