A expressão de quimiocinas regulatórias das células natural killer e T-reguladoras em pacientes com endometriose

Resumo

Endometriose representa uma afecção ginecológica comum, atingindo de 5-15% das mulheres no período reprodutivo e até 3-5% na fase pós-menopausa. Estima-se que o número de mulheres com endometriose seja de mais de 70 milhões no mundo. Alguns aspectos da doença continuam sendo alvo de pesquisa, destacando-se a busca pela etiopatogenia, tendo em vista que ao se entender o motivo do desenvolvimento do foco de endometriose, seria possível direcionar esforços para melhorar o diagnóstico e tratamento. Nos últimos anos, muito se tem estudado acerca dos fatores imunológicos na patogênese da endometriose e muitas anomalias foram encontradas. Por algum motivo, ainda incerto, as células endometriais que adentram à cavidade endometrial não seriam eliminadas e deste modo, permitiria-se que elas se implantassem e desenvolvessem a doença. O balanço entre imunidade e tolerância é importante para manter a homeostase imune e muitos são os mecanismos utilizados para manter a resposta imune sob controle como a supressão ativa por células reguladoras e a atividade de células NK. Sabe-se que as células NK desempenham importante papel no clearance das células endometriais na cavidade peritoneal e que as células T-reg provavelmente têm importante papel na regulação desta moléstia. Deste modo, avaliar a expressão de quimiocinas reguladoras da atividade de células NK (CXCL9, CXCL10, CXCL11, CXCL12, XCL1 e CX3CL1) e Treg (CCL17 e CCL21) em endométrio tópico e ectópico de pacientes com endometriose e compará-las ao de endométrio tópico de mulheres sem endometriose seria um importante passo a ser dado na compreensão desta doença. (AU)