Composição da comunidade de plantas daninhas em ambientes de produção de cana-de-açúcar e sua relação com a presença de ácidos hidroxâmicos

Resumo

Este projeto tem como objetivo estudar a relação entre a composição florística das áreas de matologia das usinas, o seu histórico de manejo (ambiente de produção) e a presença de ácidos hidroxâmicos utilizando métodos de estatística multivariada. O estudo será realizado contemplando até 100 talhões de cana-soca de usinas da região de Ribeirão Preto, SP. Em cada um desses talhões será mantida uma área de observação e coleta ("matologia") que ficará isenta da aplicação comercial de herbicidas, tendo como dimensões 7,5 metros de largura por 10 metros de comprimento. No interior dessas áreas de "matologia" serão lançados aleatoriamente dez quadrados vazados de amostragem com 0,5 metro de lado, no quais serão realizados levantamentos da comunidade de plantas daninhas para obtenção da freqüência, densidade e biomassa específica, que serão utilizados para calcular os índices fitossociológicos (densidade relativa, dominância relativa, freqüência relativa, abundância, índice de valor de importância e importância relativa). Para cada talhão amostrado, serão tomadas as informações referentes à cultura, solo, clima e tratos culturais (histórico). Serão realizadas análises químicas para detectar a presença de ácidos hidroxâmicos (DIBOA e BOA) nas plantas e na palha de cana-de-açúcar aos 90 e 180 dias após o corte ou plantio e na palha. A organização das comunidades de plantas daninhas em agrupamentos padrões será realizada pela técnica dos componentes principais utilizando a composição específica, porcentagem de cobertura específica e o índice de valor de importância, relacionando-os com a presença dos ácidos hidroxâmicos e as características do ambiente em que a cana está implantada.