Fotoprotetores bioativos anti-UVA: desenvolvimento e avaliação da eficácia "in vitro" por espectrofotometria de refletância com esfera de integração

Resumo

A luz solar é usualmente reconhecida por oferecer efeitos benéficos para a saúde e o bem-estar. No entanto, efeitos deletérios agudos e crônicos provenientes da exposição à radiação ultravioleta-A (UVA / 320-400 nm) e ultravioleta-B (UVB / 290-320 nm) tem sido amplamente registrados. A radiação UVB é responsável por, diretamente, provocar danos fotoquímicos no DNA. A radiação UVA, no entanto, apreciaria efeitos indiretos no DNA por meio da geração de espécies reativas de oxigênio. A rutina é tradicionalmente empregada como antioxidante e constatou-se que esta não possui tendência para a absorção cutânea, assim, foi possível interpretar que a atividade do flavonóide é exercida na superfície ou nas camadas superficiais da pele. Devido à semelhança estrutural dos flavonóides com os filtros solares químicos, ao potencial de prevenção do estresse fotooxidativo na pele e à similaridade dos espectros de absorção na região da radiação UV, tais compostos bioativos apresentam potencial para exercerem atividade fotoprotetora. Os objetivos do presente projeto de pesquisa apreciam (1) o desenvolvimento de fotoprotetores bioativos compostos por rutina associada ou não a filtros solares químicos UVA (avobenzona, benzofenona-3 e benzofenona-4) nas formas de apresentação do tipo emulsão óleo-em-água (O/A) e gel hidroalcoólico, (2) a caracterização física e físico-química das preparações, (3) a determinação do potencial antirradicalar dos compostos isolados e em associação e (4) a avaliação da eficácia fotoprotetora in vitro por meio da espectrofotometria de refletância com esfera de integração.