Critérios para o manejo da adubação nitrogenada na cultura do feijão utilizando o clorofilômetro portátil

Resumo

O clorofilômetro portátil é um aparelho que permite obtenção do índice relativo da clorofila (IRC), o qual se correlaciona com o teor de clorofila e o de nitrogênio (N) da folha, sendo assim, a determinação do IRC, por meio do clorofilômetro, pode ser uma alternativa utilizada para predizer a necessidade de N pelo feijoeiro, contudo, existem dúvidas sobre qual a folha e o índice de suficiência de N (ISN) mais adequados para definir a necessidade de N pela cultura. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho é estabelecer a folha diagnose e o valor do índice de suficiência de N mais adequados para definir a necessidade de N da cultura do feijão comum, através de leituras indiretas do teor de clorofila mediante o uso do clorofilômetro portátil. Para tanto, será realizado um trabalho de pesquisa constituído de duas etapas: na primeira serão realizados dois experimentos em campo, um com cada cultivar (Pérola e IPR Eldorado), durante a safra "das águas", no ano de 2011, com a finalidade de estabelecer qual a melhor folha diagnose (primeira folha trifoliolada, segunda folha trifoliolada e terceira folha trifoliolada completamente expandida a partir do ápice) para definir a necessidade de N da cultura do feijão comum, usando o clorofilômetro (Minolta SPAD-502). O delineamento experimental utilizado será em blocos casualizados com cinco doses de N (0, 50, 100, 150 e 200 kg ha-1) e quatro repetições. Na segunda etapa serão realizados quatro experimentos, dois com cada cultivar (Pérola e IPR Eldorado), durante as safras "da seca" e "das águas", no ano de 2012, para definir o ISN, em relação ao tratamento referência (sem deficiência de N), mais adequado para indicar a necessidade de N na cultura. As leituras com o clorofilômetro serão realizadas na folha que apresentar maiores valores de correlações entre o IRC, teor de N e produtividade de grãos, determinados na primeira etapa. Em todos os experimentos da segunda etapa, o delineamento experimental utilizado será em blocos casualizados, com seis manejos do N (M1: 40 kg ha-1 de N na semeadura + 80 kg aos 10 DAE + 80 kg aos 20 DAE (referência); M2: 20 kg ha-1 de N na semeadura + 40 kg aos 10 DAE + 40 kg aos 20 DAE (dose recomendada); M3: 20 kg ha-1 de N na semeadura + 30 kg quando as leituras do clorofilômetro indicarem ISN < 96%; M4: 20 kg ha-1 de N na semeadura + 30 kg quando as leituras do clorofilômetro indicarem ISN < 93%; M5: 20 kg ha-1 de N na semeadura + 30 kg quando as leituras do clorofilômetro indicarem ISN < 90% e, M6: testemunha (sem aplicação de N)) e quatro repetições. Na primeira etapa serão avaliados: IRC na primeira, segunda e terceira folha trifoliolada completamente expandidas, N total e inorgânico do solo, persistência e liberação de N da palhada, massa de matéria seca da parte aérea, teor de N na folha e na matéria seca da parte aérea, quantidade acumulada de N na parte aérea, os componentes da produção (população final de plantas, número de vagens por planta, número de grãos por vagem e massa de 100 grãos) e a produtividade de grãos. Na segunda etapa serão avaliados: IRC, ISN, N total e inorgânico do solo, quantidade de palhada na área e de N na palhada, massa de matéria seca da parte aérea, teor de N na folha e na matéria seca da parte aérea, quantidade acumulada de N na parte aérea, os componentes da produção, a produtividade de grãos, produtividade relativa e a eficiência de utilização do N aplicado. (AU)