Comparação de duas diferentes intensidades de aplicação de laser de baixa potência na recuperação da área doadora palatina após remoção de enxerto de tecido conjuntivo: estudo piloto

Resumo

A recessão gengival é definida como o posicionamento apical da margem gengival em relação à junção cemento-esmalte e consequente exposição radicular. A presença a recessão gengival pode trazer diversos efeitos negativos aos indivíduos, com problemas estéticos, hipersensibilidade radicular, desgastes cervicais e outros. Em consequência desses transtornos causados pela presença das recessões gengivais, existem diversas técnicas que visam o tratamento das recessões. Dentre as técnicas disponíveis, o enxerto de tecido conjuntivo é a que apresenta maior previsibilidade e melhores resultados a longo prazo. No entanto, tem sido relatado que essa técnica causa morbidade e desconforto para o paciente na região palatina, justamente em decorrência da remoção do enxerto de tecido conjuntivo que é feito nesta área. Estudo anterior demonstrou a utilização de laser de baixa intensidade (LLLT) em uma dose de 15J/cm2 pode acelerar o fechamento do defeito cirúrgico e assim diminuir o desconforto pós-operatório. Porém, não existem outros estudos na literatura acerca da melhor dose de aplicação ou que compare protocolos para se estabelecer a melhor maneira de bioestimular o fechamento da ferida palatina. Portanto, o objetivo do presente estudo é comparar duas diferentes intensidades de aplicação do LLLT na recuperação da área doadora palatina após a técnica de enxerto de tecido conjuntivo para recobrimento radicular. Para tal, serão selecionados 20 pacientes com recessão gengival que serão randomizados em um dos seguintes grupos: Grupo 60: Cirurgia periodontal para recobrimento radicular por meio de enxerto de tecido conjuntivo e aplicação de 60J/cm2 de LLLT na área doadora; Grupo 30: Cirurgia periodontal para recobrimento radicular por meio de enxerto de tecido conjuntivo e aplicação de 30J/cm2 de LLLT na área doadora. Os parâmetros a serem avaliados são: Área remanescente do defeito; Cicatriz e colorimetria tecidual; Espessura tecidual; Desconforto pós-operatório. Os parâmetros serão avaliados 0, 7, 14, 30 e 60 dias após as cirurgias. Análise de variância será realizada para as medias de área remanescente do defeito, colorimetria, espessura do tecido e desconforto pós-operatório, tanto intragrupo como intergrupo. A presença ou ausência de cicatriz será medida pelo teste Q quadrado. Para todos os testes será usado o nível de significância de 5%.