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Obtenção de imunógeno híbrido recombinante para produção de anticorpos neutralizantes contra o veneno loxoscélico

Processo: 14/23457-9
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de março de 2015
Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2017
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Bioquímica - Biologia Molecular
Pesquisador responsável:Geraldo Santana Magalhães
Beneficiário:Geraldo Santana Magalhães
Instituição Sede: Instituto Butantan. Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Pesquisadores associados:Ana Maria Moura da Silva ; Katia Cristina Barbaro Nogueira ; Maisa Splendore Della Casa
Assunto(s):Venenos de origem animal  Venenos de aranha  Loxosceles gaucho  Expressão de proteínas  Antivenenos  Bioatividade 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:antígeno | Atividade biológica | clonagem | Expressão de proteína | soro | veneno | clonagem e expressão de proteinas

Resumo

O veneno da aranha do gênero Loxosceles é composto por uma mistura de toxinas capazes de causar intensa reação inflamatória, lesão dermonecrótica, manifestações sistêmicas como agregação plaquetária, anemia hemolítica e em alguns casos, falência renal aguda. No Brasil, o loxoscelismo representou cerca de 27% dos 29167 casos de acidentes com aranhas diagnosticados e notificados (Ministério da Saúde-2014) no ano de 2013. Até o momento, não existe um consenso mundial sobre o tratamento para os casos de loxoscelismo, mas no Brasil é preconizado o uso do soro antiaracnídico ou antiloxoscélico. A produção de soros anti-venenos se dá através da imunização de cavalos utilizando venenos proveniente de animais mantidos em cativeiro. Entretanto, a manutenção desses animais é de alto custo, a extração do veneno é laboriosa e as quantidades obtidas muitas vezes são baixas. Isto é particularmente relevante no caso de aranhas do gênero Loxosceles, que são de pequeno tamanho e produzem poucos microgramas de veneno por indivíduo. Por este motivo, muitos trabalhos têm explorado o uso de toxinas recombinantes ou de seus peptídeos como imunógenos para a obtenção de anticorpos neutralizantes frente ao veneno bruto. Neste sentido, as fosfolipases D (FLDs) estão entre as toxinas mais estudadas, pois tem sido demonstrado que são as principais responsáveis pelos efeitos tóxicos observados no loxoscelismo. Por outro lado, existem também outras toxinas no veneno que atuam de forma aditiva ou de forma sinergística que contribuem para os efeitos deletérios observados no quadro de envenenamento. Assim, estudos indicam que as metaloproteases do tipo astacina, que constituem a segunda maior classe de toxinas expressas na glândula de veneno, apresentam um potencial relevante no envenenamento e podem, portanto, representar um importante imunógeno para produção de soro neutralizante. Apesar disto, até o presente momento, não se tem explorado a possibilidade de produzir anticorpos neutralizantes contra as metaloprotease, como já realizado para as FLDs. Dessa forma, considerando que as FLDs são as principais responsáveis pela atividade tóxica do veneno e que, as metaloproteases representam a segunda classe de toxinas mais expressa na glândula de veneno, pretendemos neste projeto construir um imunógeno recombinante quimérico contendo regiões funcionais das duas toxinas e utilizá-lo para produzir anticorpos em coelhos. Estes anticorpos serão posteriormente avaliados quando sua capacidade neutralizante frente aos principais efeitos tóxicos do veneno de Loxosceles gaucho. Com sucesso, esta abordagem poderá ser aplicada à obtenção de outros antígenos híbridos otimizando assim a produção de antivenenos. (AU)

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Publicações científicas (4)
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
FUKUDA, DANIEL A.; CAPORRINO, MARIA C.; BARBARO, KATIA C.; DELLA-CASA, MAISA S.; FAQUIM-MAURO, ELIANA L.; MAGALHAES, GERALDO S.. Recombinant Phospholipase D from Loxosceles gaucho Binds to Platelets and Promotes Phosphatidylserine Exposure. TOXINS, v. 9, n. 6, . (14/23457-9)
SHIMOKAWA-FALCAO, LHIRI H. A. L.; CAPORRINO, MARIA C.; BARBARO, KATIA C.; DELLA-CASA, MAISA S.; MAGALHAES, GERALDO S.. Toxin Fused with SUMO Tag: A New Expression Vector Strategy to Obtain Recombinant Venom Toxins with Easy Tag Removal inside the Bacteria. TOXINS, v. 9, n. 3, . (14/23457-9)
SIQUEIRA, RAQUEL A. G. B.; CALABRIA, PAULA A. L.; CAPORRINO, MARIA C.; TAVORA, BIANCA C. L. F.; BARBARO, KATIA C.; FAQUIM-MAURO, ELIANA L.; DELLA-CASA, MAISA S.; MAGALHAES, GERALDO S.. When spider and snake get along: Fusion of a snake disintegrin with a spider phospholipase D to explore their synergistic effects on a tumor cell. Toxicon, v. 168, p. 40-48, . (17/16999-8, 14/23457-9)
CALABRIA, PAULA A. L.; SHIMOKAWA-FALCAO, LHIRI HANNA A. L.; COLOMBINI, MONICA; MOURA-DA-SILVA, ANA M.; BARBARO, KATIA C.; FAQUIM-MAURO, ELIANA L.; MAGALHAES, GERALDO S.. Design and Production of a Recombinant Hybrid Toxin to Raise Protective Antibodies against Loxosceles Spider Venom. TOXINS, v. 11, n. 2, . (14/23457-9)