Vacinas mono e trivalente das bactérias patogênicas Aeromonas hydrophila, Streptococcus agalactiae e Francisella noatunensis subsp. orientalis para a tilápia-do-Nilo

Resumo

A pesca está atualmente está em declínio por causa da sobrepesca dos estoques, mudanças climáticas, poluição e destruição do habitat marinho, entre outros fatores. Aquicultura está aumentando de forma significativa em todo o mundo. As drogas são muitas vezes utilizadas para manter os peixes criados em cativeiro livre de doenças, como a estreptococose, francisellosis e outros. Infelizmente, o uso de antimicrobianos em indústrias de aquicultura e ambientes aquáticos pode selecionar cepas resistentes de patógenos e acumular antibiótico residual em peixes e ambiente aquático. As bactérias resistentes aos antimicrobianos, ou os seus genes de resistência, podem ser transferidos para os seres humanos. As medidas preventivas usando a vacinação parece ser necessária, a fim de, evitar surtos das doenças, mas estas não são sempre eficientes, pois baseia-se em cepas das bactérias patogênicas coletas em outras localidades. Objetiva-se com este projeto desenvolver e testar vacinas monovalentes e trivalentes para tilápia usando três bactérias patogénicas do Brasil (Francisella noatunensis subsp. orientalis, Streptococcus agalactae e Aeromonas hydrophila). Assim, quatro grupos de 50 tilápia de 10 g serão criadas à temperatura de 25 ± 2°C e fotoperíodo de 12 horas de luz / 12 h escuro. Para a preparação de vacinas, as bactérias patogénicas cultivadas em seus meios apropriados, serão inativadas pela adição de 1% de formaldeído. 0,05 ml com a concentração de 109 UFC/ml será injetado na cavidade visceral do peixe (monovalente e mistura iguais das três bactérias patogênicas), depois de 20 dias uma revacinação ("booster") com a mesma quantidade será injetado. Após quatro semanas, os desafios bacterianos serão realizados. Serão analisados o efeito bactericida do plasma in vitro e o ELISA para a determinação do título de anticorpos. Os dados serão submetidos à análise de variância e teste de Tukey (P<0,05). Utilizando esta vacina espera-se induzir a auto-defesa do peixe. Consequentemente, o consumo de antibióticos e o impacto ambiental do uso de drogas diminuirá significativamente. (AU)