Estudo das propriedades morfológicas e luminescentes de nanocristais de HfO2 sintetizados pelo método de precipitação

Resumo

A dosimetria da radiação ionizante por Termoluminescência (TL) vem sendo usada desde 1940 devido ao trabalho pioneiro de Garlick & Gibson (1948). Desde então, pesquisas vêm sendo desenvolvidas na área, e atualmente, os pesquisadores sugerem o uso da Luminescência Opticamente Estimulada (LOE) da Alumina para a dosimetria. A relevância deste ramo ocorre, pois, materiais detectores são usados para monitorar doses recebidas por trabalhadores que atuam em Medicina Nuclear, centros de diagnósticos e de pesquisas, instituições de ensino, usinas nucleares, isto é, locais com fontes ou dispositivos que emitem radiação, bem como na área ambiental. Logo, tal monitoração é essencial e obrigatória para o bem-estar da saúde pública, e a determinação precisa e rápida destas doses se faz necessária em todos os aspectos, por isso, o desenvolvimento da pesquisa de novos materiais para esta área tem grande importância. Neste aspecto, um material que vem ganhando enfoque na literatura, graças as suas propriedades, é o Óxido de Háfnio (HfO2). Contudo, não se encontra na literatura, estudos da emissão LOE para esse material, seja puro ou dopado; os de emissão TL apresentam resultados diferentes conforme o método de síntese proposto, e tipo de dopante; além disso, alguns apontam a sensibilidade do material a radiação ultravioleta (UV), radiação cuja exposição pode ocorrer naturalmente pela radiação solar, e de modo artificial, como médica, no tratamento de doenças por fototerapia, e mais recentemente existe a proposta de desinfetar instalações médicas hospitalares e UTIs com irradiação UVC. Deste modo, o projeto tem por objetivo sintetizar nanocristais de HfO2 puro e dopado com Ag (prata), analisar suas propriedades morfológicas e luminescentes, a influência do tratamento térmico e dopagem, e sua aplicação como detector de radiações, inclusive UV. (AU)