Efeito do cigarro eletrônico na saliva e no epitélio da mucosa bucal

Resumo

O cigarro eletrônico (e-cig) foi desenvolvido para favorecer e facilitar a cessação tabágica, no entanto, pouco se sabe quanto à relação dos riscos e benefícios bem como, os efeitos do e-cig sobre a mucosa bucal. O objetivo deste trabalho é avaliar o efeito do uso do e-cig na saliva e sobre a mucosa bucal de seus usuários. Para tanto, serão compostos dois grupos: Grupo Cigarro Eletrônico (GCE) - 48 vaporizadores regulares e exclusivos de e-cig; Grupo controle (GCO) - 48 indivíduos não-fumantes e não vaporizadores de e-cig, pareados em sexo e idade ao GCE. O exame clínico de todos os participantes será realizado. Posteriormente, será coletada saliva não estimulada para avaliação do metaboloma salivar por meio de análise de cromatografia gasosa acoplada ao espectrômetro de massa (GC-MS). A coleta do material citológico será feita em bordo de língua do lado esquerdo para avaliação citoquímica e do lado direto para avaliação da expressão gênica. As citologias serão avaliadas pelo método de Papanicolaou (avaliação citomorfológica), coloração de Prata (avaliação das regiões organizadores nucleolares - AgNORs) e por meio do qRT-PCR (genes CYP1A1, CYP1B1, CYP2A6, CYP2E1, L1B, IL6, CXCL8, TNF, CCL2, PTGS2, KRT1, KRT5, KRT13, KRT15, TP16, TP21 e TP53). Os dados receberão tratamento estatístico de acordo com teste t de Student (se paramétricos) ou teste de Mann-Whitney (se não paramétricos). Para análise metabolômica, além dos testes já mencionados, serão realizados os testes de análise de componentes principais (PCA) e curva de ROC. As associações entre as variáveis e dados clínicos serão exploradas por meio do coeficiente de correlação de Spearman. Para todas as análises, será adotado nível de significância de 5%.