Influência do estresse por retenção sobre a resposta tecidual de cimentos endodônticos

Resumo

A resposta ao estresse físico e social é controlada por sistemas neurobiológicos e seus componentes pró-inflamatórios, imunológicos e metabólicos, os quais são estreitamente interligados. Nosso grupo de pesquisa tem investigado a relação existente entre a resposta de materiais dentários e as alterações/condições sistêmicas. Tendo em vista que os cimentos endodônticos induzem processos inflamatórios e reparativos, este estudo busca correlacionar o estresse crônico com a reposta tecidual de diferentes tipos de cimentos endodônticos empregando o modelo ISO 10993-6:2007, para testes de implantação em tecido subcutâneo. Serão utilizados 28 ratos Wistar divididos em 2 grupos (n=14): ratos controle (C), ratos estressados (E). Em cada rato serão implantados 4 tubos de polietileno, sendo 1 tubo vazio para controle, e os demais contendo um dos tipos de cimentos endodônticos selecionados para o estudo (Sealapex®, AH Plus® e Endofil®). Os períodos de avaliação serão de 7 e 30 dias (n=7/tempo). Após a eutanásia será coletado o sangue para dosagem de cortisol pelo método ELISA e, em seguida, os tubos e o tecido circundante serão removidos e processados para análise histológica e imunoistoquímica. A inflamação será avaliada em cortes teciduais corados em H.E e pela marcação imunoistoquímica para fator de necrose tumoral alfa (TNF-±),para a interleucina 6 (IL-6) e para a interleucina 17 (IL-17); o colágeno, por meio da coloração de Picrosírios red; a biomineralização, por meio da coloração de Von Kossa e em cortes sem coloração pela luz polarizada, assim como também pela análise da presença de osteocalcina (OCN). A estatística será realizada de acordo com cada tipo de análise e será considerado o nível de significância de 5% (p <0,05).