Monitoração de citocinas pró-inflamatórias em cães com doença renal crônica em síndrome urêmica submetidos à duas diferentes abordagens de hemodiálise intermitente

Resumo

Modalidade dialítica cada vez mais estudada e aplicada à pequenos animais, a Hemodiálise Intermitente (HDI) tornou-se atualmente uma terapia viável e acessível para o manejo de cães e gatos que padecem de condições dialisáveis, entre as quais destaca-se a remoção de drogas, intoxicações, distúrbios eletrolíticos, hiper-hidratação e nefropatias agudas e crônicas. No entanto, a avaliação de citocinas pró-inflamatórias, tanto derivados dessa terapêutica quanto as possivelmente dialisadas por ela, permanece pouco elucidada nesse cenário. Objetiva-se avaliar a dinâmica das citocinas pró-inflamatórias (IL-1², IL-6 e TFN-±) em cães doentes renais crônicos em Síndrome Urêmica submetidos a técnicas distintas de HDI (tradicional e by-pass), comparando os resultados pós hemodiálise com aqueles previamente obtidos. Dezoito cães com Doença Renal Crônica em Síndrome Urêmica serão selecionados e divididos em dois grupos: nove animais comporão o grupo submetido à HDI tradicional (GHT), e nove animais o grupo submetido à HDI por by-pass (GHB). Nove cães hígidos, comporão o Grupo Controle (GC). As avaliações laboratoriais (séricas e urinárias) serão realizadas de forma prévia e também subsequente ao tratamento dialítico, o qual consistirá na avaliação de três sessões (S1, S2 e S3) de HDI. Os animais do GC terão coletas de sangue e urina apenas no início do estudo. Em adição, todos os animais incluídos serão avaliados quanto ao seu estado clínico durante o período de estudo. Hipotetiza-se que, assim como na medicina, cães submetidos à HDI possam cursar com o aumento de citocinas pró-inflamatórias advindas desta terapia, e que possa haver diferenças de acordo com a abordagem utilizada, sendo esta condição passível de provocar o incremento da morbidade e piora da qualidade de vida desses animais. (AU)