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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Efeitos da composição química dos detritos na mineralização anaeróbia de Salvinia auriculata e de Utricularia breviscapa

Texto completo
Autor(es):
Marcela Bianchessi da Cunha Santino ; Irineu Bianchini Júnior [2]
Número total de Autores: 2
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Acta Limnol. Bras.; v. 27, n. 2, p. 202-212, 2015-06-00.
Resumo

ResumoObjetivo: Considerando a natureza heterogênea dos detritos vegetais, esse estudo teve por objetivo verificar o efeito da composição química dos detritos na mineralização anaeróbia de duas espécies de macrófitas aquáticas com diferentes hábitos de vida (uma flutuante e outra submersa). A hipótese desse estudo foi que a concentração de carbono da fração hidrosolúvel do detrito pode atuar como um fator facilitador de sua degradação.Material e MétodosForam preparadas incubações contendo detritos e água da lagoa do Óleo (21° 33’ a 21° 37’ S e 47° a 45’a 47° 51 O). Para cada espécie (Salvinia auriculata e Utricularia breviscapa) foram preparadas câmaras com: (i) detritos integrais (amostra de planta seca); (ii) matriz ligno-celulósica (matéria orgânica particulada (MOP) remanescente da extração do lixiviado) e (iii) lixiviado. As incubações foram mantidas em condição anaeróbia e no escuro. Diariamente foram avaliadas as taxas de formação de gases e ao final (dia 138) as incubações foram desmontadas e foram elaborados os balanços de massa. Periodicamente (durante 180 dias), câmaras foram fracionadas em uma fração dissolvida e outra particulada para a avaliação das variações de carbono orgânico dissolvido, carbono orgânico particulado e carbono mineralizado (CM).ResultadosIndependente do tipo (S. auriculata ou U. breviscapa) a mineralização do carbono foi mais rápida e elevada para os lixiviados (ca. 85%). Para U. breviscapa a mineralização da MOP foi mais lenta que a do respectivo detrito integral e a mineralização de S. auriculata foi mais lenta que a de U. breviscapa.ConclusõesA composição do detrito (i.e. tipo de macrófita, presença e proporção de lixiviado) interferiu de forma sinérgica na degradação anaeróbia das plantas. O material lixiviado tende a constituir-se em agente facilitador, subsidiando o crescimento dos microrganismos e intensificando a mineralização. (AU)

Processo FAPESP: 07/08602-9 - Potencial de produção de gases de efeito estufa nos sedimentos de lagoas marginais
Beneficiário:Irineu Bianchini Júnior
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular