Busca avançada
Ano de início
Entree
(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Dieta da ictiofauna associada à vegetação marginal de um mangue no sudeste do Brasil

Texto completo
Autor(es):
Michéle de O. D. A. Corrêa [1] ; Virgínia S. Uieda [2]
Número total de Autores: 2
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade Estadual Paulista. Instituto de Biociências. Departamento de Zoologia - Brasil
[2] Universidade Estadual Paulista. Instituto de Biociências. Departamento de Zoologia - Brasil
Número total de Afiliações: 2
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: IHERINGIA SERIE ZOOLOGIA; v. 97, n. 4, p. 486-497, 2007-12-00.
Resumo

O presente trabalho objetivou analisar a dieta das espécies de peixes que utilizam a vegetação do mangue do Rio da Fazenda como local de abrigo e alimentação em um rio do sudeste do Brasil. O trabalho de campo, incluindo coleta e observação subaquática das espécies, foi realizado na estação seca (julho e agosto de 2004) e na chuvosa (fevereiro e março de 2005) com o objetivo de verificar a existência de variação sazonal na dieta. Sete tipos de itens alimentares foram consumidos pelas espécies, dois de origem vegetal e cinco de origem animal. Os crustáceos predominaram na dieta da maioria das espécies, seja na forma de fragmentos não identificados ou discriminados em oito grupos. O predomínio de espécies utilizando essencialmente uma única fonte alimentar (crustáceos, principalmente Ostracoda e Tanaidacea) e a existência de variação sazonal na dieta de algumas espécies ficaram bem evidentes na análise de amplitude do nicho alimentar, com um predomínio de espécies especialistas. No mangue do Rio da Fazenda, a vegetação marginal submersa foi utilizada pela ictiofauna como local de forrageamento e, principalmente, como cobertura para espécies que buscavam alimento no substrato do fundo. Estas espécies podem estar utilizando a vegetação como proteção contra predadores aéreos e aquáticos, ou mesmo contra o arraste no período de mudança das marés. Na área de estudo, a grande diversidade de crustáceos constituiu uma importante fonte de alimento para a maioria das espécies, as quais ajustaram sua dieta em função de variações sazonais na oferta e em função das interações com outras espécies. (AU)

Processo FAPESP: 03/08314-2 - Estudo da fauna aquática associada à vegetação do mangue do Rio da Fazenda, Ubatuba (SP) através de experimentos de manipulação
Beneficiário:Michéle de Oliveira Dias Alves Corrêa
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado