Busca avançada
Ano de início
Entree
(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Anestesia durante biópsia muscular para teste de suscetibilidade à hipertermia maligna

Texto completo
Autor(es):
Helga Cristina Almeida da Silva [1] ; Elton Shinji Onari [2] ; Isac de Castro [3] ; Marcelo Vaz Perez [4] ; Alexandre Hortensi [5] ; José Luiz Gomes do Amaral [6]
Número total de Autores: 6
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista de Medicina - Brasil
[2] Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista de Medicina - Brasil
[3] Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista de Medicina - Brasil
[4] Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista de Medicina - Brasil
[5] Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista de Medicina - Brasil
[6] Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista de Medicina - Brasil
Número total de Afiliações: 6
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Revista Brasileira de Anestesiologia; v. 69, n. 4, p. 335-341, 2019-10-10.
Resumo

Resumo Introdução Hipertermia maligna é uma doença farmacogenética autossômica dominante, caracterizada por crise hipermetabólica desencadeada por anestésicos halogenados e/ou succinilcolina. O padrão para diagnóstico da suscetibilidade à hipertermia maligna é o teste de contratura muscular in vitro em resposta ao halotano-cafeína, para o qual é necessária biopsia muscular sob anestesia. Descrevemos uma série de anestesias sem agentes desencadeantes na hipertermia maligna e comparamos bloqueios de nervo periférico e anestesias subaracnóideas. Método Foram analisados os prontuários/fichas anestésicas de 69 pacientes suspeitos de susceptibilidade à hipertermia maligna, submetidos à biópsia muscular para teste de contratura muscular in vitro durante sete anos. Analisamos dados demográficos, indicação para investigação de hipertermia maligna, resultado do teste de contratura muscular in vitro e dados da cirurgia/anestesia/recuperação. Resultados Amostra com 34 ± 13,7 anos, 60,9% mulheres, 65,2% de teste de contratura muscular in vitro positivos. Técnicas empregadas: 47,8% bloqueios de nervo periférico (femoral e cutâneo femoral lateral, latência 65 ± 41 minutos), 49,3% anestesias subaracnóideas e 1,4% anestesia venosa total. Falha em 39,4% dos bloqueios de nervo periférico e 11,8% das anestesias subaracnóideas. Eventos adversos (8,7%) como bradicardia, náuseas e síndrome neurológica transitória só ocorreram com bloqueio subaracnóideo. Todos os pacientes permaneceram na sala de recuperação pós-anestésica até liberação. Idade e peso foram significativamente maiores nos pacientes com falha no bloqueio (ponto de corte da curva ROC de 23,5 anos e 59,5 Kg) e esta foi mais frequente na presença de aumento idiopático de creatinoquinase. Conclusão Anestesia com agentes não desencadeantes mostrou-se segura em pacientes suscetíveis à hipertermia maligna. Variáveis como idade, peso e antecedente de aumento idiopático de creatinoquinase podem ser úteis para selecionar a técnica anestésica nesse grupo. (AU)