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Os pais adotivos: preconceitos, fantasias, fatores motivacionais inconscientes e suas implicações na formação do sintoma da criança

Autor(es):
Iyama, Renata
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo. [2004]. 132 f.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Psicologia
Data de defesa:
Orientador: Gomes, Isabel Cristina
Área do conhecimento: Ciências Humanas - Psicologia
Indexada em: Banco de Dados Bibliográficos da USP-DEDALUS; Index Psi Teses - IP/USPPsi-Teses Logo
Localização: Universidade de São Paulo. Biblioteca do Instituto de Psicologia; HV875; I97p
Resumo

Esta pesquisa tem o objetivo de aprofundar o conhecimento acerca da adoção, tendo como foco os pais adotivos. Neste trabalho, foram abordadas as seguintes questões: os preconceitos, as fantasias e os fatores motivacionais inconscientes para a adoção. A pesquisa foi realizada com pais adotivos, que chegaram à Clínica-Escola do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, trazendo o filho adotivo com algum tipo de sintoma. A partir desse contato foi proposto aos pais um atendimento em psicoterapia breve de orientação psicanalítica. Três casais participaram desta pesquisa. Percebemos que em todos os casos a adoção foi motivada por fatores inconscientes, que privilegiaram os interesses dos pais, como: tentativa de salvar o casamento, medo da solidão, repetição da história familiar, necessidade de se defender da morte e de fantasias incestuosas. Em dois casos, entre as fantasias inconscientes, predominaram as relacionadas ao mau sangue da criança adotada. Notamos que nestas famílias o preconceito de que a criança adotada, inevitavelmente, se tornará um problema no futuro esteve presente. Além disso, foi identificado o preconceito em relação à cor quando da adoção inter-racial. Em um dos casos, no entanto, as fantasias inconscientes e os preconceitos deram lugar à negação das dificuldades do filho. Concluímos que o olhar dos pais adotivos é influenciado por preconceitos, fantasias e por fatores motivacionais inconscientes e que esse olhar desfocado está relacionado aos sintomas da criança. (AU)