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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Doença de Chagas numa área de ocupação recente em Cochabamba, Bolívia

Texto completo
Autor(es):
Hugo Albarracin-Veizaga [1] ; Maria Esther de Carvalho [2] ; Elvira M M do Nascimento [3] ; Vera Lúcia C C Rodrigues [4] ; Cláudio Casanova [5] ; José Maria S Barata [6]
Número total de Autores: 6
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Ministerio de Desarrollo Humano - Bolívia
[2] Superintendência de Controle de Endemias - Brasil
[3] Superintendência de Controle de Endemias - Brasil
[4] Superintendência de Controle de Endemias - Brasil
[5] Superintendência de Controle de Endemias - Brasil
[6] Universidade de São Paulo - Brasil
Número total de Afiliações: 6
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Revista de Saúde Pública; v. 33, n. 3, p. 230-236, 1999-06-00.
Resumo

INTRODUÇÃO: Estudo descritivo, entomológico e soroepidemiológico da infecção chagásica em área de ocupação recente da periferia de Cochabamba, Bolívia: Avaroa/Primer de Mayo, onde o nível socioeconômico da população é baixo e não foram instituídas medidas de controle. MÉTODOS: Por meio da reação de imunofluorescência indireta (RIFI), de anticorpos IgG e IgM anti-Trypanosoma cruzi em sangue capilar absorvido em papel-filtro, foram pesquisadas 128 pessoas (73 femininas e 55 masculinas) selecionadas por amostragem sistemática dentre 3.000 habitantes. Registraram-se idade, sexo, naturalidade, ocupação, tempo de moradia e características de construção das casas. RESULTADOS: Verificou-se que 12,5% (16/128) foram sororreagentes: 15,1% (11/73) do sexo feminino e 9,1% (5/55) masculino. O tempo médio de moradia foi de 6,1 anos para toda a amostra da população e de 7,4 anos para os sororreagentes. Predominaram construções de adobe (76,7%), teto de zinco (86,7%) e piso de terra (53,4%). Observaram-se gretas nas paredes de 80,0% das casas (n=30). Capturaram-se 148 exemplares de triatomíneos: 147 de Triatoma infestans, 104 (70.7%) intradomiciliares, e 1 de T. sordida, peridomiciliar. Os índices de infestação e de densidade por casa visitada foram, respectivamente, 53,3 e 493,0. A identificação dos hospedeiros dos triatomíneos (reações de precipitina) foi: aves, 67,5%; humanos, 27,8%; roedores, 11,9%; cães, 8,7%; e gatos, 1,6%. Os adultos e ninfas de T. infestans infectados por tripanossomas foram: 21 (14,3%), dos quais 18 (85,7%) intradomiciliares. CONCLUSÕES: Na área periférica de Cochabamba estudada foram encontrados todos os elementos da cadeia de transmissão vetorial: pessoas e vetores infectados e cobaios criados no interior das casas. A proximidade de Cochabamba, onde as transfusões de sangue são freqüentes, representa um risco adicional de transmissão. É necessária a pronta instituição de medidas profiláticas e trabalho educativo sobre as vias de transmissão da doença de Chagas, inclusive transfusional e congênita. (AU)

Processo FAPESP: 98/13915-5 - Revista de Saúde Pública
Beneficiário:Oswaldo Paulo Forattini
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Periódico