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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Ensaio clínico duplo-cego randomizado e placebocontrolado com naltrexona e intervenção breve no tratamento ambulatorial da dependência de álcool

Texto completo
Autor(es):
Luís André Castro [1] ; Ronaldo Laranjeira [2]
Número total de Autores: 2
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista de Medicina. Departamento de Psiquiatria - Brasil
[2] Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista de Medicina. Departamento de Psiquiatria
Número total de Afiliações: 2
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Jornal Brasileiro de Psiquiatria; v. 58, n. 2, p. 79-85, 2009-00-00.
Área do conhecimento: Ciências da Saúde - Medicina
Assunto(s):Distúrbios do comportamento   Alcoolismo   Tratamento farmacológico   Naltrexona
Resumo

OBJETIVO: O objetivo deste estudo é avaliar a eficácia da naltrexona com intervenção breve em pacientes com dependência de álcool. MÉTODO: Este estudo é um ensaio clínico randomizado, duplo-cego, placebo-controlado de 12 semanas. A amostra de 71 pacientes foi dividida randomicamente em dois grupos (um recebendo naltrexona e outro placebo). Sujeitos dependentes de álcool foram tratados com 50 mg de naltrexona ou placebo diariamente por 12 semanas. Ambos os grupos de tratamento receberam intervenção breve. Os desfechos clínicos primários para este estudo foram taxa de recaída e mudança no padrão de consumo de álcool. RESULTADOS: Na intenção de tratar, menor porcentagem de sujeitos tratados com naltrexona recaíram (3% 21%; p = 0,054). Naltrexona com intervenção breve não foi superior ao placebo para diminuir os dias de consumo (6,2 + 10,6 3,05 + 7,3; p = 0,478), os dias de consumo moderado (0 2,2 + 6,9; p = 0,345) e os dias de consumo pesado (0,03 + 0,2 0,3 + 0,9; p = 0,887). Naltrexona foi bem tolerada. Os efeitos adversos mais frequentes na presente amostra foram: cefaleia (25,4%), sonolência (20,9%), náuseas (16,4%), hiperfagia (16,4%), anorexia (14,9%), ansiedade (10,4%), pirose (10,4%) e irritabilidade (10,4%). CONCLUSÕES: Embora o grupo naltrexona tenha demonstrado tendência para reduzir taxa de recaída (> 5 doses/dia), não foi encontrada nenhuma diferença em outras variáveis de consumo de álcool entre os grupos naltrexona e placebo. Estudos futuros devem examinar a eficácia desse tipo de combinação de tratamento nos cuidados primários de saúde. (AU)

Processo FAPESP: 00/03690-8 - Avaliacao dos preditores em dependentes de alcool tratados com naltrexona.
Beneficiário:Luis Andre Pianco de Goes e Castro
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado