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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Hospitais gerais filantrópicos: novo espaço para a internação psiquiátrica

Texto completo
Autor(es):
Cristina Larrobla [1] ; Neury José Botega [2]
Número total de Autores: 2
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas. Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria - Brasil
[2] Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas. Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria - Brasil
Número total de Afiliações: 2
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Revista de Saúde Pública; v. 40, n. 6, p. 1042-1048, 2006-10-27.
Área do conhecimento: Ciências da Saúde - Medicina
Assunto(s):Administração hospitalar   Hospitais filantrópicos   Serviços de saúde mental   Recursos humanos   Pacientes internados   Hospitalização   Ocupação de leitos
Resumo

OBJETIVO: Estudar o processo de instalação de enfermarias de psiquiatria em hospitais gerais filantrópicos e descrever suas características e práticas terapêuticas. MÉTODOS: Foram selecionadas 10 instituições em cidades dos Estados de Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina, no ano de 2002. Realizaram-se 43 entrevistas semi-estruturadas, no mínimo três em cada instituição, com profissionais de saúde, baseadas nos seguintes eixos temáticos: processo de instalação do serviço, modelo terapêutico e situação atual. As entrevistas foram gravadas em áudio, transcritas e submetidas a análise de conteúdo. RESULTADOS: As instituições localizam-se em cidades onde não havia hospitais psiquiátricos. Cinco hospitais reservam leitos para pacientes psiquiátricos em enfermarias de clínica médica. Em seis instituições, a proposta terapêutica centra-se numa abordagem farmacológica. Na falta de recursos e de planejamento terapêutico, a internação de pacientes mais agitados aumenta a resistência da comunidade hospitalar. As restrições relativas à realização de exames complementares, quando da internação psiquiátrica, constituem outra barreira a ser superada. Falta intercâmbio entre autoridades e direções dessas instituições, obrigadas a exceder quotas de internação devido à demanda de cidades vizinhas. CONCLUSÕES: Na instalação das enfermarias de psiquiatria em hospitais gerais filantrópicos houve a confluência de demanda local com vontades individuais. Apesar do evidente empenho e flexibilidade dos profissionais, ainda não se pode falar em consolidação desses serviços diante das várias dificuldades a serem superadas: resistência local à internação psiquiátrica, restrições econômicas, capacitação profissional deficitária e ausência de um modelo terapêutico que vá além da abordagem farmacológica. (AU)

Processo FAPESP: 99/01635-0 - As Santas Casas no Brasil de hoje: novo espaço para a internação psiquiátrica
Beneficiário:Cristina Larrobla Mendez
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado