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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Morfoanatomia e ontogênese do pericarpo de Manihot caerulescens Pohl e M. tripartita Müll. Arg. (Euphorbiaceae)

Texto completo
Autor(es):
Jonathas Henrique Georg de Oliveira [1] ; Denise Maria Trombert Oliveira [2]
Número total de Autores: 2
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade Estadual Paulista. Instituto de Biociências. Departamento de Botânica - Brasil
[2] Universidade Federal de Minas Gerais. Instituto de Ciências Biológicas. Departamento de Botânica - Brasil
Número total de Afiliações: 2
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Rev. bras. Bot.; v. 32, n. 1, p. 117-129, 2009-03-00.
Resumo

Manihot caerulescens e M. tripartita são espécies arbustivas de cerrado, conhecidas como mandioca-brava. Não são encontrados muitos trabalhos sobre estrutura do pericarpo de Euphorbiaceae e muitas das descrições morfológicas existentes apresentam interpretações dúbias, especialmente sobre a deiscência. O presente trabalho objetivou descrever a morfologia, anatomia e ontogênese do pericarpo das duas espécies de Manihot, comparando-as entre si e relacionando aspectos estruturais do pericarpo à deiscência. Verificou-se que o desenvolvimento do pericarpo enquadra-se em quatro estágios, típicos de frutos secos. Dois meristemas são formados: um subadaxial, que produz o mesocarpo interno; outro adaxial, que forma o endocarpo, homogêneo e colenquimatoso em M. caerulescens, e heterogêneo em M. tripartita, com fibroesclereídes gelatinosas externas e uma porção colenquimatosa interna. Observou-se a formação de tecido de separação, composto por parênquima laxo, em direção aos feixes dorsais dos três carpelos e aos septos, o qual é mais evidente em M. tripartita. Por fim, verificou-se variação na composição do estrato esclerenquimático: em M. caerulescens, há uma faixa de fibroesclereídes e uma de braquiesclereídes, ambas do mesocarpo; em M. tripartita, ocorrem essas duas faixas mesocárpicas, com maior espessura, acrescidas do endocarpo externo, também composto por fibroesclereídes. Os frutos de ambas as espécies são cápsulas, cujo tipo varia em função do desenvolvimento do tecido de separação e da amplitude do estrato esclerenquimático. Assim, M. caerulescens apresenta cápsulas indeiscentes, enquanto M. tripartita forma cápsulas septi-loculicidas, uma vez que a deiscência, embora passiva, ocorre nas regiões dorsais e em direção aos septos. (AU)

Processo FAPESP: 00/12469-3 - Estudos morfológicos, anatômicos, histoquímicos e ultra-estruturais em plantas do Cerrado (Senso lato) do estado de São Paulo
Beneficiário:Silvia Rodrigues Machado
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Programa BIOTA - Temático