Epidemiologia, quantificação de danos e manejo de doenças quiescentes e de pragas de fruteiras tropicais e subtropicais

Resumo

O comércio de frutas foi normatizado na Europa de tal forma a priorizar a venda de frutas provenientes de sistemas de produção integrada. Lá, a estratégia básica de controle de pragas e doenças de plantas, dentro do sistema de produção integrada de frutas, é o "manejo integrado". Recentemente, no Brasil, o "manejo integrado de pragas e de doenças" também tem sido estimulado nos programas de produção integrada de frutas. No entanto, a filosofia do manejo integrado não é apropriada para doenças quiescentes, nas quais não se aplica o limiar de dano econômico, pedra fundamental do manejo. As táticas empregadas no controle das doenças quiescentes baseiam-se na identificação dos períodos críticos à infecção e no controle pós-colheita. Este projeto tem por objetivos desenvolver e avaliar táticas de controle de doenças quiescentes em goiabeira, citros e pessegueiro e de testar e validar o controle biológico de pragas na cultura dos citros. O projeto servirá como embrião para a implementação de sistemas de manejo que possam ser usados dentro dos programas de produção integrada de frutas. Para tanto são propostos experimentos in vitro e in vivo de identificação de condições favoráveis à infecção de citros, goiaba e pêssego, respectivamente, por Guignardia citricarpa, Colletotrichum gloeosporioides e Monilinia fructicola; análise da dinâmica espacial e temporal de epidemias de mancha preta dos citros, antracnose da goiabeira e podridão parda do pessegueiro; quantificação de danos e testes de sistemas de previsão e avisos para aquelas doenças, além do controle pós-colheita da antracnose da goiabeira. As táticas empregadas no controle de pragas baseiam-se na distribuição de inimigos naturais, no caso dos ácaros, em armadilhas com feromônio, para o bicho furão, e em sistemas de previsão para orientar a aplicação de inseticidas no controle de cochonilha Orthezia. (AU)