A diversidade beta de comunidades de macroinvertebrados é menor em córregos degradados? Uma avaliação experimental

Resumo

O monitoramento ambiental avalia o estado de preservação dos ecossistemas aquáticos, fornecendo subsídios para a elaboração de estratégias de manejo, conservação de áreas naturais e recuperação dos ambientes degradados. Neste contexto, o conhecimento da estrutura da comunidade de macroinvertebrados bentônicos também pode ser aplicado em avaliações e biomonitoramento, em particular, de ambientes aquáticos. Sendo assim, o presente projeto tem por objetivo avaliar a hipótese que em córregos degradados a diversidade beta de comunidades de macroinvertebrados é menor que em córregos preservados. Os ambientes escolhidos para este estudo serão agrupados em duas situações distintas: dois córregos preservados ou expostos "minimamente" a perturbações e dois córregos situados em locais expostos a perturbações freqüentes, sendo todos os córregos em ambas as situações de baixa ordem. Para isso, serão estabelecidos trechos de 100 m de comprimento e, em cada trecho, serão sorteadas quatro unidades de remansos e quatro de corredeiras, onde serão dispostas quatro armadilhas, totalizando 32 armadilhas por córrego. Uma unidade amostral (armadilha) de cada unidade em cada córrego será retirada após 7, 14, 21 e 28 dias do início do experimento e levadas para análise com o objetivo de avaliar a diversidade da comunidade de macroinvertebrados em córregos degradados e preservados. Os resultados do presente estudo irão contribuir no complemento das avaliações dos impactos ambientais em ecossistemas lóticos.