Ceratoplastia anterior lamelar profunda com exposição da membrana de Descemet. Estudos experimental e clínico.

Resumo

Afecções que comprometam o estroma corneal profundo, como as distrofias corneais, o ceratocone, os abcessos estromais e os sequestros da córnea são de relativa frequência, em seres humanos e em animais domésticos. Visando a uma resolução satisfatória, tais desordens podem ser manejadas empregando-se os transplantes corneais penetrantes. Entretanto, em muitas das vezes a membrana de Descemet e o endotélio encontram-se íntegros e sua manutenção seria factível. Técnicas em ceratoplastias anteriores lamelares profundas têm sido propostas, notadamente aquelas que visam à exposição da membrana de Descemet, para se minimizarem as opacidades cicatriciais. Não obstante, poucos e contraditórios são os estudo relativos a esses procedimentos, notadamente quanto às intercorrências histológicas. Frente às assertivas, buscar-se-á comparar, em olhos enucleados, os métodos mais utilizados para a confecção das ceratoplastias anteriores lamelares profundas com exposição da membrana de Descemet, relativamente à sua eficácia e segurança. Outrossim, comparar o método à ceratoplastia penetrante, em coelhos.