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Corpo lúteo e diestro na espécie canina: modelo de estudo para alterações metabólicas hormônio-dependentes

Processo: 10/07373-9
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Pesquisa
Data de Início da vigência: 09 de setembro de 2010
Data de Término da vigência: 08 de janeiro de 2011
Área de conhecimento:Ciências Agrárias - Medicina Veterinária - Reprodução Animal
Pesquisador responsável:Paula de Carvalho Papa Keohane
Beneficiário:Paula de Carvalho Papa Keohane
Pesquisador Anfitrião: Mariusz Pawel Kowalevski
Instituição Sede: Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Instituição Anfitriã: University of Zurich (UZH), Suíça  
Assunto(s):Corpo lúteo   Diestro   Luteólise   Cadelas
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Cadela | corpo lúteo | Diestro | GLUTs | Luteolise | tecidos insulino-sensíveis | Fisiologia da reprodução na espécie canina

Resumo

Problemas metabólicos como resistência insulínica, incapacidade de manutenção da glicemia em níveis adequados são relatos frequentemente associados ao ciclo estral da mulher. Na espécie humana, a fase luteínica do ciclo estral apresenta duração de 14 dias, nos quais os níveis séricos de estradiol-17beta (E2) e progesterona (P4) oscilam concomitantemente. O ciclo estral das cadelas difere das demais espécies domésticas e da espécie humana, no entanto, alterações metabólicas como a resistência insulínica, acarretando complicações como Diabetes mellitus também foram descritas associadas à fase luteínica, que nas cadelas não prenhes pode durar entre 60 e 75 dias. Este período, denominado de diestro na espécie canina, é caracterizado por apresentar elevação da concentração plasmática de P4 e flutuações da concentração de E2, não necessariamente de maneira concomitante. A glicose é uma molécula transportada, na maioria das células, por proteínas carreadoras. O processo de instalação da resistência insulínica é caracterizado por alterações teciduais da expressão de algumas proteínas transportadoras de glicose, como o GLUT4, presente nos músculos e no tecido adiposo, principalmente, cuja diminuição é característica dos quadros de resistência insulínica. Até o momento não existem relatos de influências das alterações hormonais do ciclo estral sobre a expressão desta proteína transportadora de glicose no corpo lúteo, órgão responsável pela secreção hormonal de E2 e P4 durante o diestro. Hipotetiza-se o corpo lúteo expresse GLUT4 e que esta expressão seja regulada por hormônios esteroides bem como pela insulina, de acordo com as alterações hormonais verificadas durante o ciclo estral. Por apresentar uma fase luteínica longa, a cadela constitui modelo de estudo para alterações hormônio-dependentes relacionadas ao diestro. Para testar esta hipótese, 32 cadelas selecionadas para cirurgia de ovariosalpingo-histerectomia (OSH) eletiva serão divididas em 8 grupos (n = 4 por grupo). As cadelas serão submetidas à OSH em intervalos de 10 dias entre os dias 10 e 80 após a ovulação (dia da ovulação é considerado o dia em que a concentração sérica de P4 atingiu valor igual ou superior a 5ng/ml). Os ovários serão coletados e dissecados, alguns corpos lúteos (CLL) serão congelados em nitrogênio líquido para extração de RNA, confecção de cDNA e realização dos experimentos de expressão gênica e proteica do GLUT4 e alguns genes reguladores, como HIF-1a e NF-kB. O restante dos CLL serão submetidos à cultura celular na qual verificaremos a influência de adição de hormônios sobre a expressão do gene da GLUT4 e seus moduladores. Será coletado sangue para dosagem da glicemia, insulinemia, P4 e E2. Além da caracterização detalhada da influência das variações hormonais sobre os processos metabólicos que ocorrem durante o diestro, pretende-se compreender e sugerir mecanismos de intervenção no tratamento da resistência insulínica associada à fase luteínica da própria cadela e mesmo da mulher. (AU)

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
MEDEIROS DE CARVALHO SOUSA, LIZA MARGARETH; SILVA, RENATA DOS SANTOS; DA FONSECA, VANESSA UEMURA; LEANDRO, RAFAEL MAGDANELO; DI VINCENZO, THIAGO SENNA; ALVES-WAGNER, ANA BARBARA; MACHADO, UBIRATAN FABRES; PAPA, PAULA DE CARVALHO. Is the canine corpus luteum an insulin-sensitive tissue?. Journal of Endocrinology, v. 231, n. 3, p. 223-233, . (11/17768-3, 08/54835-8, 10/07373-9)
PAPA, PAULA DE CARVALHO; MEDEIROS DE CARVALHO SOUSA, LIZA MARGARETH; SILVA, RENATA DOS SANTOS; DE FATIMA, LUCIANA ALVES; DA FONSECA, VANESSA UEMURA; DO AMARAL, VANESSA COUTINHO; HOFFMANN, BERND; ALVES-WAGNER, ANA BARBARA; MACHADO, UBIRATAN FABRES; KOWALEWSKI, MARIUSZ PAWEL. Glucose transporter 1 expression accompanies hypoxia sensing in the cyclic canine corpus luteum. Reproduction, v. 147, n. 1, p. 81-89, . (10/07373-9, 08/54835-8, 11/17768-3)