Influência da nitretação por plasma da superfície do titânio e do colágeno tipo I na adsorção das proteínas séricas sobre a superfície do titânio, e sua influência na adesão, estruturação morfológica e bioatividade de osteoblastos humanos

Resumo

Implantes dentais de titânio vêm sendo utilizados com alto índice de sucesso clínico na reabilitação estética e funcional da cavidade bucal. Após sua inserção no tecido ósseo, os implantes necessitam de um período de 4 a 6 meses para que ocorra a sua integração com este tecido hospedeiro. Novas superfícies para o titânio são desenvolvidas buscando melhorar sua hidrofilia com consequente maior adesão celular e aceleração do tempo e a qualidade desta osteointegração, sendo ainda importante conhecer como ocorre a sua interação com as proteínas séricas e as células ósseas. Assim, o objetivo deste estudo é verificar o potencial da incorporação de radicais amino (NH2-) na superfície do titânio pelo método de nitretação por plasma e da cobertura com colágeno tipo I na adsorção de proteínas séricas e na bioatividade de osteoblastos humanos. Para a avaliação dos efeitos sobre a adsorção protéica, discos de titânio receberão o tratamento de nitretação por plasma e terão seu potencial hidrofílico avaliado através da mensuração da energia livre de superfície antes e após exposição ao plasma humano. O perfil protéico adsorvido sobre estes discos será avaliado após exposição ao plasma humano e comparado com o grupo controle (superfície não-nitretada) por espectrofotometria de massas. Para a avaliação do potencial bioativo do perfil protéico adsorvido, osteoblastos humanos serão cultivados sobre discos com superfície tratada com nitretação por plasma e expostos ao plasma humano, verificando sua influência na adesão, morfologia e bioatividade destas células. A avaliação da adesão será feita por contagem em câmara de Neubauer após desagragação enzimática das células aderidas no titânio. A estruturação morfológica destas células também será avaliada através de microscopia confocal e eletrônica. A bioatividade celular será avaliada pela atividade da enzima fosfatase alcalina, pela produção de proteínas osteogênicas por PCR em tempo-real, e pelo grau de formação de depósitos minerais. (AU)