Avaliação da concentração de metais tóxicos, essenciais e não essenciais em lodo urbano e em ratos expostos a milho cultivado com lodo urbano.

Resumo

A produção de lodo de esgoto no Brasil tem exigido alternativas para a sua disposição final. Sua utilização como fertilizante na agricultura se apresenta como uma proposta viável, uma vez que o lodo é rico em matéria orgânica e em macro e micronutrientes. Entretanto, metais tóxicos podem provocar efeitos deletérios sobre a biota, águas - superficiais ou subterrâneas, sobre o solo, além do possível efeito sobre os alimentos e consequentemente para o homem, através da alimentação. Dessa forma, para uma maior segurança no uso de lodo de esgoto na agricultura, um severo controle na sua qualidade deve ser atendido visando à redução dos riscos associados ao homem e ao ambiente.Neste sentido, este projeto tem como objetivos: 1) avaliar as concentrações de metais tóxicos, essenciais e não essenciais (Hg, Pb, Cd, As, Cs, U, Sb, Cr, Ba, V, Ni, Cu, Fe, Mg, Mn, Zn, Co, Se, Mo) em amostras de lodo (Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Barueri ou Franca - SP); 2) avaliar as concentrações desses elementos em milho que receberam lodo em sua cultura; 3) avaliar as concentrações desses mesmo elementos e parâmetros relacionados a estresse oxidativo em ratos expostos via alimentar a milho cultivado em lodo de esgoto. Para a determinação dos elementos químicos nas amostras de lodo, milho e tecidos dos animais serão aplicados métodos previamente validados em nosso laboratório, utilizando a espectrometria de massas com plasma acoplado indutivamente (ICP-MS). Os ensaios para verificação de estresse oxidativo serão realizados através de técnicas colorimétricas. Com isso, espera-se obter informações importantes acerca da toxicologia inerentes ao uso de lodos de esgoto na agricultura, o que propiciará uma maior segurança para o consumo de alimentos cultivados, contribuindo, ainda, para a elevação de seu potencial econômico.