Influência dos treinamentos funcional e de força nas adaptações neuromusculares, funcionalidade e qualidade de vida em idosos com Doença de Parkinson

Resumo

Declínios neuromusculares inerentes ao processo de envelhecimento agravam as alterações motoras decorrentes da doença de Parkinson (DP), como a bradicinesia e a instabilidade postural. Esses sintomas interferem drasticamente na funcionalidade de idosos com DP, ocasionando quedas freqüentes, e levando à institucionalização precoce e morbi-mortalidade. Estudos prévios têm demonstrado que o treinamento de força (TF) parece ser capaz de melhorar alguns déficits funcionais em idosos com DP através do aumento da força muscular. Contudo, os efeitos desse regime de treinamento nas adaptações neurais, morfológicas e no equilíbrio desses indivíduos ainda são, em sua grande maioria, desconhecidos. Apesar de o TF ter apresentado melhoras significativas na qualidade de vida de idosos com DP, métodos de treinamento que produzam ganhos de força similares, mas que também tenham uma demanda coordenativa e de controle motor elevada podem maximizar os benefícios do exercício físico para essa população. Nesse sentido, o treinamento funcional (TFU), ou treinamento de força em bases instáveis, parece ser bastante promissor devido à elevada sobrecarga proprioceptiva e de controle motor imposta ao organismo. Porém, de maneira análoga ao TF, as adaptações produzidas pelo TFU em idosos com DP também são desconhecidas. Desse modo, o objetivo do presente estudo será analisar e comparar o efeito de doze semanas do TF e TFU nas adaptações neuromusculares, funcionalidade e qualidade de vida em idosos com DP. (AU)