Avaliação da inervação entérica e análise proteômica do intestino delgado de ratos expostos a dose aguda ou crônica de fluoreto

Resumo

Como o trato gastrointestinal é considerado a principal rota de exposição ao fluoreto (F), sendo rapidamente absorvido a partir dele, acredita-se que este processo pode gerar consideráveis mudanças na morfologia do intestino, as quais podem afetar suas funções. A complexa coordenação da função intestinal é realizada por redes neuronais autonômicas interligadas e incorporadas as suas paredes, sendo este conjunto denominado Sistema Nervoso Entérico (SNE). Embora os efeitos neurotóxicos do fluoreto sobre o SNC sejam bastante descritos, não existem estudos relacionados com a neurotoxicidade do flúor sobre o SNE. Dessa forma, este trabalho tem como objetivo avaliar o efeito da exposição à dose aguda ou crônica ao F sobre a população geral de neurônios entéricos e também sobre as subpopulações que expressam os seus principais neurotransmissores, a saber: Óxido Nítrico (NO), Peptídeo Vasoativo Intestinal (VIP), Acetilcolina (ACh), Peptídeo Relacionado ao Gene da Calcitonina (CGRP) e Substância P (SP). Nesse estudo, os animais serão divididos em 5 grupos e receberão as doses crônicas de 0 ppm, 5 ppm ou 50 ppm de F (por 30 dias), enquanto a dose aguda será de 0 ou 100 mgF/Kg (gavagem gástrica). Ao final de cada tratamento, os ratos serão eutanasiados para a realização dos experimentos imunohistoquímicos do plexo mioentérico do intestino delgado, especialmente de 3 segmentos (duodeno, jejuno e íleo) e, posteriormente, será realizada a análise proteômica como um meio de melhor explorar e integrar os fenômenos que possam ser encontrados sobre os segmentos e populações neuronais mais afetadas pelo F.