Estudo da ativação celular e de citocinas no reparo cutâneo de ratos diabéticos tratados com laser em baixa intensidade

Resumo

O reparo tecidual dos diabéticos é muitas vezes ineficiente com formação de úlceras crônicas. A laserterapia é uma ferramenta promissora para auxiliar o fechamento destas feridas, porém a falta de padronização da dosimetria e de entendimento dos seus mecanismos celulares e moleculares de ação limitam seu uso. Este trabalho visa avaliar a ativação celular e citocinas no reparo de úlceras de animais diabéticos submetidos a laserterapia comparando dois regimes de entrega de luz laser. Serão utilizados 54 ratos machos Wistar (Rattus novergicus albinus) com diabetes induzido por injeção intraperitoneal de Streptozotocina (50mg/kg). A úlcera será feita com punch de 8 mm no dorso do animal após tricotomia. Grupos experimentais: (1) grupo controle (GC) - a úlcera dorsal não será submetida a tratamento; (2) dose única (GDU) - a úlcera dorsal receberá laserterapia duas horas após a realização da ferida; (3) dose fracionada (GDF) - a úlcera dorsal receberá laserterapia nos dias 0, 3, 8 e 10. Os parâmetros da aplicação do laser no grupo GDU serão: » = (660 ± 2) nm, I = 6mW/cm2, D= 4 J/cm2, t = 668 s; e no grupo GDF serão quatro aplicações com » = (660 ± 2) nm, I = 6mW/cm2, D= 1 J/cm2, t = 167 s totalizando 4J/cm2. Nos dias 0, 3, 8, 10, 14 e 21 três animais de cada grupo serão submetidos a eutanásia, as úlceras serão removidas, processadas rotineiramente para coloração de hematoxilina e eosina e para imunohistoquímica para os antígenos: CD3, CD45RO, elastase, CD68, CD31, IL-1, IL-8, MCP-1 e VEGF. Serão avaliadas a presença e tipo do infiltrado inflamatório, presença de tecido de granulação, número de linfócito T, linfóticos T ativados, neutrófilos, macrófagos, células angiogênicas, bem como a produção das citocinas supracitadas. Os dados serão avaliados quanto à normalidade e submetidos a análise estatística apropriada. (AU)