Impacto do consumo excessivo de energia e suplementação com propionato de cromo no desenvolvimento de resistência à insulina em vacas leiteiras não-lactantes

Resumo

O experimento foi delineado para avaliar a influência da ingestão excessiva de energia e da suplementação com propionato de cromo nas concentrações séricas de glicose, insulina, ácidos graxos não esterificados (AGNE), e triacilglicerol (TG), como modelo para avaliar o desenvolvimento de resistência à insulina, em vacas 7/8 Holandês x Gir não lactantes. Serão utilizadas 13 vacas multíparas e ovariectomizadas, alojadas em piquete sem disponibilidade de forragem. As vacas serão estratificadas de acordo com o peso vivo e escore de condição corporal (ECC) e distribuídas aleatoriamente em três grupos experimentais: Grupo 1) MAN: dieta que forneça 100% dos requerimentos de energia de mantença sem suplementação com cromo (n = 4), Grupo 2) BEPSC: dieta que forneça 170% dos requerimentos de energia de mantença sem suplementação com cromo (n = 4), Grupo 3) BEPCC: dieta que forneça 170% dos requerimentos de energia de mantença com suplementação com cromo (n = 5; 2,5g de KemTRACE, Cromo 0,4%, misturado em 97,5g de semolina/animal/dia). Vacas serão suplementadas duas vezes ao dia em canzis individuais durante o experimento (dia 0 a 88). Peso vivo e ECC serão avaliados nos dias 0, 15, 38, 70, e 88 do experimento. Amostras de sangue serão coletadas antes e 2 h após o arraçoamento matinal a cada 4 dias, e avaliadas para concentrações séricas de glicose, insulina, AGNE, e TG. Testes de tolerância à glicose serão realizados nos dias 32 e 88 do experimento para determinar a taxa de desaparecimento de glicose e excreção de insulina. Todas as variáveis serão analisadas por um modelo de medidas repetidas através do PROC MIXED do SAS (SAS Inst., Inc., Cary, NC), utilizando vaca como unidade experimental. Os tratamentos MAN e BEPSC serão comparados para avaliar o impacto do consumo excessivo de energia nas concentrações séricas das substâncias acima descritas e no desenvolvimento de resistência à insulina em vacas não lactantes, enquanto os tratamentos BEPSC e BEPCC serão comparados para avaliar o impacto da suplementação com propionato de cromo nesses mesmos parâmetros. (AU)